segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Caralho, Puta Merda, Puta que o Pariu, Porra, véio.

Alguém aí está vivo nesse naufrágio de tédio e preguiça que toma conta da cidade como se fosse a dona desta mesma? Um justiceiro pistoleiro que se apossa dos requisícios de boas idéias e as trancafiam dentro de um calabouço cujas paredes estão cobertas por relógios marcando hermeticamente o tempo que nos falta? Oxalá pudera retirar-me desta péssima platéia inercial, que mantém -se silenciosa e quieta enquanto a melhor banda dos pubs ingleses está a tocar seu furioso rock'n roll blues enchendo o recinto de fúria e criativadade. Agora estou sozinho em minha cela, com os retratos das paredes incisivamente massacrando meu cérebro como o psciopata massacra sua pobre vítima.

Até mais ver.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Emerson, Lake & Palmer - Trilogy (1972)

Trilogy é o terceiro álbum de estúdio do supergrupo britânico Emerson Lake & Palmer. Considerado um dos grandes trabalhos da banda, é para mim o melhor deles. Contendo algumas das mais icônicas músicas do grupo, entre seus trabalhos mais famosos, como é o caso de "From The Beginning", o disco é recheado de obras primas. Variando estilos, desde o folk cru, passando por baladas e improvisações geniais até o estilo progressivo marcante do grupo.

Trilogy abre com "The Endless Enigma, part 1", balada movida ao som dos sintetizadores de Keith Emerson e aos ritmos de Carl Palmer. "Fugue" marca o intervalo entre a parte 1 e a 2. Um solo de piano de Emerson que traz novos ares à obra. "The Endless Enigma Part 2" procede o solo de piano de Emerson, acompanhada novamente da bateria de Palmer, já retornando ao tema principal.

"From the Beginning" marca uma nova orientação quanto aos estilos antes apresentados. Acústico, com exceção de um solo de guitarra elétrica e sintetizador mais para o fim e tendendo mais para o lado Folk da banda, apresenta-se como uma das mais belíssimas canções da carreira inteira do grupo e um dos pontos altos do disco. "The Sheriff", ainda apelando para os extremos do grupo, novamente tende para os lados mais Folk e até com uma leve influência de Ragtime, apresenta-se mais como uma passagem, ficando talvez abaixo das demais canções, mas mesmo assim sendo uma ótima canção. "Hoedown" é uma das mais famosas músicas do grupo. Virtuosamente sustentada nos teclados rápidos de Keith Emerson, o ritmo alegre e dançante, até talvez inspirados nas músicas celtas, mantém-se fiel ao alto padrão do disco.

"Trilogy", a canção título, apresenta-se como uma balada, mas passando para ritmos mais pesados, marcados por batidas fortes e timbres supreendentes de sintetizador, que mantêm-se firmes até o fim da música. "Living Sin" já apresenta um lado talvez mais "bluesy" e um tanto dark, opondo-se de certa maneira às anteriores, mas divertida na mesma intensidade, marcada principalmente pelos vocais de Greg Lake. "Abbadon's Bolero" para mim soa como uma trilha sonora de SNES, mas não, não a estou desmerecendo em nenhum momento, pelo contrário, é para mim um dos auges entre tantos do ótimo álbum. Crescendo de intensidade com o decorrer do tempo de música, a canção em si parece ganhar vida a cada novo compasso. O ritmo e o tema marcados ainda conseguem enfatizar e tornar possível a assimilação da música e das sensações que ela transmite como nenhuma outra.

1- The Endless Enigma [Part 1](6:41)
2- Fugue (1:57)
3- The Endless Enigma [Part 2](2:02)
4- From The Beginning (4:14)
5- The Sheriff (3:21)
6- Hoedown (3:44)
7- Trilogy (8:51)
8- Living Sin (3:11)
9- Abaddon's Bolero (8:07)

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postado por Caio Bucaretchi