domingo, 14 de dezembro de 2008

Kings of Convenience - Riot On An Empty Street (2004)


Kings of Convenience é formado por Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe, dois Noruegueses com a proposta principal de tocar folk-indie-pop , sendo a principal marca da banda musicas com voz e violão sendo utilizados de maneira sutil bem típica do folk, no entanto sem apelar para as letras de conteúdo Histórico-Mitólogico como é costume em algumas bandas de Folk. Ambos cantam e compõe todas as suas musicas.
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Erlend e Eirik nasceram em 1975, e eles se conheceram aos onze anos. Aos dezesseis anos tocaram juntos na banda Skog com outros dois amigos lançando um LP. Os dois iniciaram com shows em festivais europeus em 1999. Em Londres, em 2001, eles lançaram o álbum Quiet Is The new Loud. O álbum fez grande sucesso entre o publico e critica e até mesmo emprestou seu nome a um movimento pequeno de músicos pop underground que levou Belle & Sebastian e Simon & Garfunkel como suas inspirações e enfocaram em mensagens e melodias mais sutis.
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O álbum "Riot On An Empty Street" é o segundo álbum do Duo o qual, julgo eu, ser o de maior expressão, e se baseia no estilo já citado acima, sutil e melodioso, sem no entanto ser tedioso, com musicas bem trabalhadas e com letras Fantásticas, lembrando que este álbum contem a musica "I'd Rather Dance with You" que chegou ao topo na MTV européia como melhor clip de 2004.
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Discografia:

Álbuns:

Riot On An Empty Street (CD) - (2004)
Quiet Is The New Loud (CD) - Astralwerks - (2001)
versus (CD) - Astralwerks - (2001)
Kings Of Convenience (Lançado apenas nos EUA) (CD) - Kindercore - (2000)
Toxic Girl 7" (Ellet 1999)
Failure 7" (Ellet 1999)
Winning a battle, losing a war 7" (Ellet records 1999)

Singles:

"Winning a Battle, Losing the War" (2001)
"Toxic Girl" (2001)
"Failure" (2001)
"Misread" (2004)
"I'd Rather Dance with You" (2004)
"Know-How" (2005)

Musicas do CD "Riot On An Empty Street" :

1- "Homesick"
2- "Misread"
3- "Cayman Islands"
4- "Stay Out of Trouble"
5- "Know-How" (feat. Feist)
6- "Sorry or Please"
7- "Love Is No Big Truth"
8- "I'd Rather Dance with You"
9- "Live Long"
10- "Surprise Ice"
11- "Gold in the Air of Summer"
12- "The Build-Up" (feat Feist)
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Postado por João Paulo

domingo, 7 de dezembro de 2008

Genesis - Nursery Crime (1971) + Foxtrot (1972)

Os outros grandes méritos do Genesis, com certeza à altura do aclamado "Selling England By The Pound", ficam para "Nursery Crime" e "Foxtrot". Estas maravilhas da época progressiva do Genesis, ainda com o teatral Peter Gabriel como frontman, são a base de todo o respeito que o grupo herdou por seu trabalho.

Não é por menos. As duas obras juntas contém quatro das cinco principais composições que fizeram do Genesis um dos ícones do progressivo. Estes destaques ficam para "The Musical Box" e "The Fountain Of Salmacis" em "Nursery Crime" e, em "Foxtrot", para "Watcher Of The Skies" e à fabulosa "Supper's Ready". O 5º destaque fica para "Firth Of Fifth", de "Selling England By The Pound".

Foxtrot



1- Watcher Of The Skies (7:22)
2- Time Table (4:47)
3- Get'Em Out By Friday (8:36)
4- Can-Utility and The Coastliners (5:46)
5- Horizons (1:43)
6- Supper's Ready (22:51)

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Nursery Crime



1- The Musical Box (10:30)
2- For Absent Friends (1:48)
3- The Return Of The Giant Hogwee (8:10)
4- Seven Stones (5:11)
5- Harold The Barrel (3:01)
6- Harlequin (2:56)
7- The Fountain Of Salmacis (7:54)

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postado por Caio Bucaretchi

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Van der Graaf Generator - Godbluff (1975)

Van der Graaf Generator é outra das bandas representantes do Rock Progressivo britânico que floresceu na década de 70. Apesar da qualidade sonora, o conhecimento quanto a banda se restringe, hoje, principalmente dentre os mais aficcionados pelo gênero, não muito mais que isso. Mesmo assim, o grupo liderado pela explosiva figura de Peter Hammill, com sua voz rouca e ecoante e pelos saxofones sintetizados de David Jackson, merece muito mais reconhecimento que apenas uma consideração tímida de um grupo seleto e resumido.

É difícil dizer que um grupo de rock progressivo se destaca dos demais, pois chega a ser pleonástico. Apesar de terem características em comum, poucos efetivamente se parecem. Van der Graaf, no entanto, inova em praticamente todos os aspectos. A objetividade musical, a potência sonora e a alternância de ritmos dão um ar transcedental a todas as obras de prestígio do grupo. Talvez exatamente por esta total marginalidade genérica, a música do Van der Graaf Generator seja uma das mais difíceis de se assimilar. Sim, acredito que são poucos os que baixarão este disco e REALMENTE se apaixonarão pelo mesmo.

Bom, talvez isto não aconteça no caso de Godbluff. Arrisco-me a dizer que a grande obra do grupo é mesmo o renomado disco Pawn Hearts, aclamado como uma das mais brilhantes pérolas do progressivo. Porém, Pawn Hearts é pra poucos. Godbluff é um dos grandes prestígios do grupo, e de certa maneira um disco mais acessível, que promete vários momentos de êxtase.

Godbluff é uma obra conceitual. Assim como outras obras do Progressivo como The Dark Side Of The Moon e Illusions On A Double Dimple, Godbluff resulta do aglomerado de canções diversas que se interrelacionam harmonicamente como uma peça única, assim como um quebra-cabeças completo. Desta metáfora, infere-se que ouvir uma música do álbum, somente, não é apropriado para sua total apreciação.


Os momentos de êxtase, surgem já na abertura. "The Undercover Man" aparece como um recurso útil, capaz de absorver totalmente o ouvinte à atmosfera do disco. Nesta faixa, particularmente, Peter Hammill, resume um pouco de sua capacidade vocal abismal. "Scorched Earth" é a parte mais profunda e violenta de "The Undercover Man", ordenada de tal maneira a causar calafrios na espinha. "Arrow" inicia o segundo momento do álbum, utilizando-se da alternância entre ritmos mais pesados e medianos. "The Sleepwalkers" inicia um terceiro momento e, neste caso, outra característica quase que particular de VdGG. Inicia-se um tema e, durante o desenvolvimento da composição, pouco retomam-se elementos de sua criação. Nisso, refiro-me a temas em geral. A música em si não se resume a um tema único, mas à integração de vários.


Ah, e por favor, faço um apelo aqui que ao menos comentem os tópicos. É chato o fato de postarmos material, sabermos (somente agora) que realmente existe gente baixando e sem elas deixarem pelo menos um comentário para sabermos de sua existência. Isto é, em partes, responsável pelo parcial abandono do blog. Um mero "oi" já seria um gesto realmente significativo. Obrigado.


1- The Undercover Man (7:26)

2- Scorched Earth (9:49)

3- Arrow (9:46)

4- The Sleepwalkers (10:32)

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postado por Caio Bucaretchi

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Uzva - Uoma (2006)


Uzva é um dos grandes ícones musicais do Século XXI... tecnicamente, claro, pois não é lá muito conhecido mundo afora. A sonoridade da banda finlandesa mistura influências que variam do Rock Progressivo ao Jazz-Fusion e ao Folk e também boa influência das músicas do mundo. Esta mistura rica dá-se também pela multi-instrumentalidade característica do grupo. Só para se ter uma noção, são 8 os integrantes do grupo: Heikki Puska na guitarra solo; Olli Kari em instrumentos que acrescentam uma sonoridade exótica, o xilofone e a marimba; Jarmo Rouvinen nos sopros, como Saxofone e Flauta; Inka Eerola no violino; Antti Hermaja no trombone, Lauri Kajander na guitarra base; Antti Kivimäki no baixo e, finalmente, Ville Väätäinen na bateria.

O álbum Uoma é puramente instrumental e, até agora, o melhor trabalho do grupo em minha opinião. Neste disco, particularmente, o som final aproxima-se mais do Fusion que do progressivo, trabalhando-o em cima das músicas do mundo, como pode ser notado nas faixas "Chinese Daydream", "Vesikko" e "Arabian Ran-Ta".

O disco abre com "Kuoriutuminen" (partes 1, 2 e 3). Nesta excelente música é possível ressaltar uma característica marcante da musicalidade do grupo: A apresentação de um tema calmo que, por meio de muita improvisação e pegada, acaba migrando para um som mais trabalhado e pesado. Isto também se evidencia em "Different Realities", talvez a mais puramente "Fusion" do álbum. O álbum encerra com "Lullaby", a única faixa que não apresenta a característica "migratória" (até porque seria contraditório), calmamente fechando um dos melhores álbuns que conheci nos últimos meses. O último destaque fica para a capa, decorada com um trabalho artístico simples, porém, lindo.

Vocês não se arrependerão.

1- Kuoriutuminen part 1 (2:11)
2- Kuoriutuminen part 2 (6:18)
3- Kuoriutuminen part 3 (5:08)
4- Different Realities (11:15)
5- Chinese Daydream part 1 (3:12)
6- Chinese Daydream part 2 (5:43)
7- Arabian Ran-Ta (10:00)
8- Vesikko part 1 (4:01)
9- Vesikko part 2 (6:14)
10-Vesikko part 3 (12:57)
11- Lullaby (4:23)

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MYSPACE

postado por Caio Bucaretchi

Genesis - Selling England By The Pound (1973)


Genesis foi uma das mais influentes bandas do cenário progressivo britânico. Após render alguns bons álbuns no gênero, o grupo, no entanto, mudou sua orientação musical radicalmente, fazendo um som mais pop e ausentando-se em grande escala do experimentalismo antes presente em suas obras. Isso deveu-se principalmente à saída do vocalista (e flautista) Peter Gabriel e do guitarrista Steve Hackett, com o baterista Phil Collins assumindo o vocal.

A banda em sua fase áurea do progressivo consistia de Peter Gabriel nas vozes, Steve Hackett na guitarra, Mike Rutherford no baixo, Phil Collins na bateria e Tony Banks nos teclados. Essa formação rendeu as maiores obras progressivas do Genesis: Nursery Crime, Foxtrot e Selling England By The Pound.

Das vezes que ouvi, notei algumas diferenças do progressivo do Genesis, assemelhando-se em alguns aspectos até com Yes (outro dos grandes nomes do progressivo), particularmente em um, em contraposição aos outros grupos do gênero: priva-se em vários momentos do exagerado experimentalismo dos demais (que de vez em quando chega a ser até cansativo). Com isso, digo respeito aos grandes intervalos das composições de outros grupos ou o uso de timbres extremamente inesperados e... bem... progressivos (Insira aqui: coisa que não entendo muito bem). Em resumo, Genesis é Rock Progressivo com menos enrolação, mas sem pecar na qualidade.

Claro que a aptidão musical do grupo também era excelente e ajudou bastante na manutenção de um som mais agradável e menos cansativo. Phil Collins, apesar de soar como um grande boçal ao microfone nos anos seguintes, até consegue ser um bom backing vocal, e, diga-se de passagem, um excelente baterista. Peter Gabriel não é nenhum Ian Anderson na flauta, mas quebra o galho e tem uma ótima voz, o que é o principal. Para Steve Hackett, não há muitas palavras que o descrevam, basta se ouvir o solo de "Firth Of Fifth". Mike Rutherford tem ótimas linhas de baixo e também esbanja categoria e Tony Banks surpreende nas composições e nas bases criativas que sustentam o som do grupo, novamente com destaque para Firth Of Fifth nos temas trabalhados em seu teclado.

Em Selling England By The Pound, os grandes destaques ficam para "Dancing With The Moonlit Knight", "I Know What I Like (In Your Wardrobe)", "The Battle Of Epping Forest", "The Cinema Show" e, claro, "Firth Of Fifth". Era mais fácil dizer praticamente o disco todo, até porque a última faixa do disco, também o encerra muito bem, apesar de sua curta duração. A única mácula mesmo é "More Fool Me", que até se assemelha um pouco ao som que o grupo viria a fazer alguns anos mais tarde.

1- Dancing With The Moonlit Knight (8:04)
2- I Know What I Like (In Your Wardrobe) (4:08)
3- Firth Of Fifth (9:37)
4- More Fool Me (3:09)
5- The Battle Of Epping Forest (11:46)
6- After The Ordeal (4:15)
7- The Cinema Show (11:05)
8- Aisle Of Plenty (1:32)

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postado por Caio Bucaretchi

sábado, 18 de outubro de 2008

Five Iron Frenzy - Quantity Is Job 1


Membros da Banda:



Reese Rope - Lead vocals
Micah Ortega - lead guitar, Vocal
Sonnie Johnston – guitarra
Keith Hoerig – Baixo
Andrew Verdecchio– bateria, Vocal
Nathanael "Brad" Dunham – trompete
Dennis Culp – trombone, Vocal
Leanor Ortega "Jeff the Girl" – saxophone, Vocal


Influencias: Ska-Punk e Heavy Metal


O Album Quantity Is Job 1 é um excelente trabalho do grupo como um todo, variando o seu estilo ao longo de cada música sem perder o padrão e a qualidade, ênfase na musica "Get Your Riot Gear"


Álbum:



1."My Evil Plan to Save the World"
2."All That is Good"
3."Dandelions"
4."One Girl Army"
5."Sweet Talkin' Woman" (ELO cover)
6."When I Go Out"
7."Get Your Riot Gear"
8."The Untimely Death of Brad"
9."These Are Not My Pants (The Rock Opera) (Salsa)"
10."These Are Not My Pants (The Rock Opera) (Meat Loaf)"
11."These Are Not My Pants (The Rock Opera) (Country)"
12."These Are Not My Pants (The Rock Opera) (Heavy Metal)"
13."These Are Not My Pants (The Rock Opera) (R&B)"
14."These Are Not My Pants (The Rock Opera) (Reggae)"
15."These Are Not My Pants (The Rock Opera) (Cha Cha)"
16."These Are Not My Pants (The Rock Opera) (Hip-Hop)"
17."When I Go Out/Kingdom of the Dinosaurs"


Postado por João Paulo

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Easy Rider - Trilha Sonora



Trilha Sonora Perfeita Para Viagens.

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Lado A
"The Pusher" (Hoyt Axton) – Steppenwolf - 5:49
"Born To Be Wild" (Mars Bonfire) – Steppenwolf - 3:37
"The Weight" (Robbie Robertson) – Smith - 4:34
"Wasn't Born to Follow" (Carole King/Gerry Goffin) – The Byrds - 2:03
"If You Want to Be a Bird (Bird Song)" (Antonia Duren) - The Holy Modal Rounders - 2:35


Lado B


"Don't Bogart Me" (Elliot Ingber/Larry Wagner) – Fraternity of Man - 3:05
"If 6 Was 9" (Jimi Hendrix) – The Jimi Hendrix Experienced - 5:35
"Kyrie Eleison/Mardi Gras" (When the Saints) – (Tradicional, arranjo de David Axelrod) - The Electric Prunes 4:00
"It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)" (Bob Dylan) - Roger McGuinn – 3:39
"Ballad of Easy Rider" (Roger McGuinn/Bob Dylan) – Roger McGuinn - 2:14

Easy Rider




Peter Fonda: Sabem....este país já foi muito bom.....não entendo o que está acontecendo com ele...
Dennis Hopper: Todos viraram covardes, é isso! Nós nem podemos ficar num hotel de segunda! O cara pensou que nós íamos matá-lo....eles têm medo.
Jack Nicholson: Não Têm medo de vocês, mas do que vocês representam....
Dennis Hopper: cara, para eles, só representamos alguém que tem que cortar o cabelo...
Jack Nicholson: Não, para eles, vocês representam a liberdade!
Dennis Hopper: E qual é o problema? Liberdade é legal!
Jack Nicholson: É verdade, é legal mesmo... mas falar da liberdade e vivê-la são duas coisas diferentes. É difícil ser livre quando se é comprado e vendido pelo mercado,. Mas nunca diga a alguém que ele não é livre...proque ele vai tratar de matar e aleijar para provar que é. Eles falam sem parar da liberdade individual, mas quando veem um indivíduo livre, ficam com medo.
Dennis Hopper: Eu não boto ninguém para correr de medo.
Jack Nicholson: Não. É Você quem corre perigo.





Easy rider, em português "Sem Destino". Lançado em 1969, esse filme é a cena perfeita da contracultura predominante nos anos 60. Em tudo, desde sua posição ideológica, personagens, música, tipos de cenas nas quais a natureza é focalizada e em passagens psicodélicas ( como os 20 minutos quase finais onde os personagens principais viajam em ácido), o filme consagra a contra cultura vigente na época.

Bom, o roteiro do filme é simples. Dois caras vendem uma grande quantidade de drogas, ganham muita grana e lançam-se na estrada sem destino nenhum, pela mítica rota66 dos EUA , buscando alcançar a costa leste. Parece muito simples, e é. Mas o que faz a diferença nesse filme é a fotografia, que compõe todo o corpo do filme : lindas paisagens do interior dos Estados Unidos sendo desbravadas, naquele silêncio da natureza profundo, cortado pelos sons das motos ( que para apreciadores dessas máquinas são um prato cheio, lindas choppers antigas ) e pela trilha sonora ( cujo link para baixar postarei) maravilhosa. Esta , inclusive, varia desde o folk até o psicodelismo e combina perfeitamente com as cenas, transmitindo muita paz. Dessa forma, é a essência dos "road movies"- cenas lindas e a trilha sonora ao fundo- e em todos os filmes desse tipo, há referências ou influências diretas de easy rider, desde "motoqueiro fantasma" até " diário de motocicleta". Em "motoqueiros selvagens", a piada do relógio é uma referência direta: a cena em que Peter Fonda pega o relógio e o joga ao chão, mensagem contra a sociedade e as regras, é parafraseada no filme, bem como sua aparição nesse filme e no "motoqueiro fantasma".






Senhores, ótimo filme.

Ficha técnica:

Sem Destino (Easy Rider, 1969) »

Direção: Dennis Hopper»

Roteiro: Peter Fonda, Dennis Hopper.»

Origem: Estados Unidos»

Duração: 95 minutos»

Elenco: Jack Nicholson, Peter Fonda, Dennis Hopper, Karen Black e Toni Basil




postado por Ricardo

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Nossas Desculpas.

Pedimos desculpas pelo longo período de tempo em que o blog permaneceu inativo. Isto deveu-se tanto aos estudos chatos e rotineiros que vem tomando a vida de nós, pobres vestibulandos e também à viagem de descontração que fizemos semana passada. Não preocupem-se, caros leitores (caso vocês realmente ainda estejam aí). Esta semana, se Deus quiser, ou até mesmo caso ele não queira, atualizaremos essa budega. Curito, caso você esteja lendo isso, eu estou falando no plural porque eu acredito que você vá parar de falar "Nossa, cara... preciso postar algo" e definitivamente poste.

Também nos desculpamos pelos posts deletados. Parece ser algum bug estranho do blogspot. O único problema é que não sabemos o que o causa. Não temam, caros amigos. Os posts deletados serão repostados, assim como novos serão postados.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Rapidinhas - The Vines


Estilo: Rock/Indie/Garage/Psicodélico

Origem: Austrália (2000)

Integrantes:

-Craig Nicholls [Vocal e Guitarra]
-Ryan Griffiths [Guitarra]
-Hamish Rosser [Bateria]
-Patrick Matthews [Baixo]

Influencias: Suede, The Verve, Nirvana, Beatles, Beck, Pavement, Ac/Dc, Oasis, Velvet Undergorund

Discografia:

-Highly Evolved(2002)
-Winning Days (2004)
-Vision Valley (2006)
-Melodia (2008)

Eis aqui um dos cd's mais prestigiados da banda, "Vision Valley" - Muito recomendado para quem quer conhecer a banda - Enjoy!

1. Anysound
2. Nothin´s Comin'
3. Candy Daze
4. Vision Valley
5. Dont Listen To The Radio
6. Gross Out
7. Take me Back
8. Going Gone
9. Fuck Yeah
10. Futuretarded
11. Dope Train
12. Atmos
13. Spaceship

Download

by Thiago Loyolla

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Morre Richard Wright/ Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon

Morreu hoje (15/09/08) Richard Wright, aclamado tecladista e membro fundador de um dos mais famosos grupos de Rock Progressivo, Pink Floyd, aos 65 anos. Wright participou das duas formações da banda, com sua primeira junto a Syd Barrett, Roger Waters e Nick Mason e a segunda com a posterior saída de Syd Barrett e entrada de David Gilmour. Mais tarde, seria demitido da banda por certos desentendimentos com o então líder do grupo , o baixista Roger Waters, durante a gravação do disco "The Wall" (uma das ações mais polêmicas da história da banda, resultando até na certa infâmia que Waters carrega no conceito de alguns fãs).

Considerado por grande parte dos fãs como talvez o melhor músico do Pink Floyd, a morte de Rick Wright acaba com todas as expectativas de uma possível reunião do grupo, a não ser que esta aconteça como uma homenagem à sua morte. A falência resulta de uma breve batalha contra o câncer. Não é especificado nas fontes qual o tipo de câncer que a causou, devido a pedido da família.

Dentre suas grandes contribuições para o Pink Floyd, Waters escreveu duas das aclamadas composições que integram a obra magistral do grupo, "The Dark Side Of The Moon", sendo estas as faixas "The Great Gig In The Sky" e "Us And Them". Mais uma grande perda para a música Da esquerda para a direita: Nick Mason, Syd Barrett, David Gilmour (em baixo), Roger Waters e Richard Wright.

Mais Informações
AQUI.

Em nossa homenagem ao falecido Richard Wright, fica o download para os interessados do famoso álbum conceitual da banda, "The Dark Side Of The Moon", com amplas contribuições do tecladista.


1- Speak To Me/Breathe In The Air (3:58)
2- On The Run (3:35)

3- Time (7:05)

4- The Great Gig In The Sky (4:47)

5- Money (6:23)

6- Us And Them (7:50)

7- Any Colour You Like (3:26)

8- Brain Damage (3:51)

9- Eclipse (2:01)


DOWNLOAD
(NOVO LINK!)

postado por Caio Bucaretchi

domingo, 14 de setembro de 2008

Passport - Infinity Machine (1976)

Passport é outra das bandas setentistas de influência no movimento de Jazz-Fusion que se iniciou na década em questão. Famosa especialmente pelo trabalho de seu excelente Saxofonista, Klaus Doldinger, o grupo parece se sustentar em inspirações musicais distintas, sejam de músicas do mundo, como pode ser notado no álbum resultante da viagem de Klaus ao Brasil, "Iguaçu", e também de gêneros, assimilando alguns quês do Funk, do Rock Progressivo e, claro, do Jazz em si. O resultado de toda essa mescla experimental na fusão dos estilos resulta na excelência do trabalho do grupo, como pode ser notado principalmente no álbum Infinity Machine.

A banda, oriunda da Alemanha, com uma formação que parece lembrar os padrões do Jazz Tradicional, com Klaus Doldinger no Saxofone, Wolfgang Schmid no baixo, Kristian Schultze nos teclados e sintetizadores e Curt Cress, que trabalhou também com grupos como Triumvirat, na bateria. Apesar da formação, o grupo foge a qualquer padrão mais "conservador" assim digamos, em relação a este Jazz mais tradicional, inovando em todos os momentos.

Infinity Machine é, para mim, dentre os álbuns que escutei, o grande trabalho do grupo. O álbum de 1976 se opõe totalmente ao som refletido um ano antes em Cross-Collateral, que se aproxima do Rock Progressivo. Em Infinity Machine, a banda ausenta-se do experimentalismo excessivo do disco anterior e estabelece um som mais objetivo, não se ausentando, porém, das magníficas improvisações e sons alternativos, que acabam por tornar-se a marca registrada da banda.

O álbum abre com "Ju Ju Man", um dos grandes destaques. Nesta faixa, principalmente, nota-se o trabalho da banda em sustentação com um estilo mais Funk. "Morning Sun", em seus altos momentos traz uma sonoridade mais calmante e exótica, seguida de "Blue Aura" que, em alguns momentos, lembra bastante o "Weather Report", o que leva a crer que, talvez, a banda de Zawinul teria buscado algumas influências em Passport. A faixa-título do álbum, "Infinity Machine", lembra bastante às composições mais progressivas e atrevidas do Jazz-Fusion. Esse recurso de aproximação ao Rock Progressivo teria sido, também, usado em larga escala pelo Mahavishnu Orchestra de McLaughlin. "Ostinato" é uma das belas composições do álbum, principalmente pelo timbres utilizados e a ambientação e harmonia instrumental atrativa. "Contemplation" fecha o álbum em grande estilo, lembrando até alguns trabalhos mais leves de Miles Davis, em quem a banda provavelmente buscou certa inspiração. Com certeza um dos grandes momentos do Fusion europeu!

1- Ju Ju Man (10:08)
2- Morning Sun (5:49)
3- Blue Aura (3:04)
4- Infinity Machine (5:13)
5- Ostinato (7:38)
6- Contemplation (6:38)

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postado por Caio Bucaretchi

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Crucis - Los Delirios Del Mariscal (1976)

Crucis é uma banda argentina de Rock Progressivo que surgiu na época áurea do gênero, ou seja, na década de 70. O grupo tem dois álbuns lançados: Crucis e Los Delirios Del Mariscal. Vergonhosamente, eu, no momento, conheço apenas o segundo álbum. No entanto, é o bastante para se afirmar que este é com certeza uma das pérolas do Progressivo.

Logo na primeira vez que o ouvi, fiquei impressionado com a qualidade do som produzido pelos hermanos. Com Gustavo Montesano na guitarra e nos vocais, José Luis Fernández no baixo, Daniel Frenkel na percussão e Daniel Oil nos teclados e sintetizadores analógicos, o som do grupo muito se assemelha em alguns momentos ao Rock Progressivo da Europa Ocidental, mas, como toda boa banda seguidora do estilo, traz também suas peculiariedades. As influências de ritmos mais latinos não se faz com tanta relevância, mas ela com certeza está lá. O que mais se destaca é, principalmente, algumas orientações para o Jazz-Rock, aproximando-se do Jazz-Fusion.

O disco abre com "No Me Separen De Mi", a única faixa deste que conta com vozes. Apesar de no começo o som parecer até meio cafona, no desenvolver do tema, tem-se uma das mais belas e contagiantes canções do álbum. Na faixa-título, "Los Delirios Del Mariscal", nota-se nitidamente a influência do Jazz-Fusion e, no fim, 10 minutos de música parecem insuficientes para transmitir todo o sentimento contido na excelente composição. "Pollo Frito" progride praticamente na mesma ambientação da faixa que a antecede, porém, utilizando-se de variações rítmicas e harmônicas. O álbum fecha com "Abismo Terrenal", com o uso incansável de sintetizadores e de sons eletrônicos que dão origem à música mais bizarra do álbum, como o nome já sugere. Também marcada por vários improvisos sendo pelo menos um para cada instrumento, é outra das faixas magníficas de um álbum igualmente magnífico.

1- No Me Separen De Mi (6:08)
2- Los Delirios Del Mariscal (10:06)
3- Pollo Frito (5:44)
4- Abismo Terrenal (12:30)

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postado por Caio Bucaretchi

domingo, 7 de setembro de 2008

Ten Years After (4)



O Ten Years After nasceu nas ruas e Pubs Londrinos na década de 60. Misturando muito rock'n roll, blues e jazz tocados com responsabilidade e brilhantismo, a banda extrapolou os limites dos bares londrinos para conquistar o universo. O Ten Years After é um momento único na música, porque apesar de serem influenciados por várias bandas, nenhuma se assemelha a ela por completo. Isso se deve principalmente à Alvin Lee, o guitarrista da banda: sua maneira de tocar, com licks e riffs rápidos e bem feitos, com texturas que dialogam entre o blues e o jazz arranjados para o rock'n roll o fazem um dos magos da história da guitarra.




Alvin é o primeiro guitarrista a fazer solos em alta velocidade, influenciando nomes como Blackmore e Randy Rhoads, que abriram as portas da guitarra rápida para o mundo. Mas Alvin usava isso ao seu favor, e tocava as notas com paixão, não com o exibicionismo barato que caras com Vai e Malmsteen sobrepõe a Música para satisfazerem seus gigantescos egos e serem adorados pela molecada boba.






A banda foi acusada de a partir do álbum A Space In Time gravar albúns com apelos comerciais, deixando de lado a faceta psicodélica. Não posso dizer isso com certeza completa, pois tive poucos contatos com esses álbuns, mas o fato de acusar o Space In Time de ser comercial por possuir músicas menos compridas é um erro, uma vez que esse álbum possui vários experimentalismos, com texturas diferentes, o que definitivamente não o caracteriza como um álbum comercial.

sábado, 6 de setembro de 2008

Camel - Moonmadness (1976) + The Snow Goose [repostagem] (1975)


Camel é uma banda britânica de Rock Progressivo. Já havia sido postado o álbum "The Snow Goose" do grupo aqui no blog, mas este foi deletado por acidente, portanto, será repostado. A resenha, no entanto, tratará de outro disco do grupo: Moonmadness.

O álbum Moonmadness foi lançado um ano depois de "The Snow Goose" e completa a primeira fase da carreira do grupo, sendo o último álbum com a formação clássica do grupo. Depois da dissolução, a banda passaria a fazer um som um pouco menos ligado ao progressivo e tendendo mais aos lados do Pop, onde passaria por um tempo. Esta formação clássica consistia do tecladista Peter Bardens; o guitarrista Andrew Latimer (que também assumia a flauta transversal em alguns momentos); o baixista Doug Ferguson e o baterista Andy Ward.

Moonmadness completa a tríade de álbuns geniais do grupo, sendo estes o próprio Moonmadness, The Snow Goose e Mirage. Ao contrário dos dois álbuns que o antecedem, este disco procura ausentar-se das influências literárias (Sendo Mirage em alguns momentos influenciado por "O Senhor dos Anéis" de J.R.R Tolkien e The Snow Goose pelo livro "The Snow Goose" de Paul Gallico, escritor americano) e fazer um som um pouco mais ligado aos músicos que o integravam, apenas baseando-se nas inspirações e idéias do grupo. Outra coisa que o grupo retoma nessa etapa intermediária da carreira é a presença dos vocais nas composições, o que ficou de fora em The Snow Goose.

O álbum abre com Aristillus, uma faixa rápida e totalmente estruturada nos sintetizadores de Bardens, é como uma iniciação ao álbum, assim como The Great Marsh em The Snow Goose. "Song Within A Song" é um dos grandes destaques do álbum, com vocais sintetizados e várias alternâncias rítmicas no desenvolvimento do tema. "Chord Change" é o primor instrumental do álbum, faixa esta que apesar de conter vozes, elas fazem a mesma função de qualquer outro instrumento que integra. Notam-se até algumas influências Jazzísticas. "Spirit Of The Water", tem dois destaques no álbum, a faixa principal e a bônus. Ambas são excelentes e acalmantes. A principal diferença entre as duas não está nos sentimentos transmitidos, mas na instrumentação, sendo a principal estruturada por diferentes instrumentos, e a bônus um ótimo concerto de piano arranjado por Bardens. "Another Night" contrapõe-se às ambientações antes apresentadas, trazendo temáticas sonoras que ora se aquecem, ora esfriam. "Air Born" segue nas mesmas tendências da anterior. A presença da flauta e dos sintetizadores se completam para dar origem a uma bela canção, tanto em sua parte instrumental como a vocal. "Lunar Sea" fecha o álbum com chave de ouro em outra faixa instrumental. Considerando-se que Bardens seria, mais tarde, um dos simpatizantes à criação da música eletrônica, alguns verão semelhanças consideráveis nos timbres utilizados pelos sintetizadores nesta canção em particular com as tendências musicais que se estabeleceriam algumas décadas depois. Mais um ótimo álbum de uma igualmente ótima banda.

Moonmadness
1- Aristillus (1:57)
2- Song Within A Song (7:14)
3- Chord Change (6:44)
4- Spirit Of The Water (2:07)
5- Another Night (6:57)
6- Air Born (5:03)
7- Lunar Sea (9:10)
Faixas-Bônus
8- Another Night [Single Version](3:24)
9- Spirit Of The Water [Instrumental](2:13)
10-Song Within A Song [Live](7:14)
11-Lunar Sea [Live](9:51)
12-Prepartion/Dunkirk [Live](9:32)

The Snow Goose
(REPOSTAGEM)
1-The Great Marsh(2:03)
2-Rhayader(3:02)
3-Rhayader Goes To Town(5:20)
4-Sanctuary(1:06)
5-Fritha(1:19)
6-The Snow Goose(3:12)
7-Friendship(1:44)
8-Migration (2:02)
9-Rhayader Alone (1:50)
10-Flight Of The Snow Goose(2:41)
11-Preparation(3:59)
12-Dunkirk(5:20)
13-Epitaph(2:08)
14-Fritha Alone(1:41)
15-La Princess Perdue(4:44)
16-The Greath Marsh(1:41)

Moonmadness
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The Snow Goose
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postado por Caio Bucaretchi

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Emerson, Lake & Palmer - Emerson, Lake & Palmer (1970)

Na passagem dos anos 60 para os 70, começavam a surgir os chamados "supergrupos", resultantes da união de músicos de diferentes bandas compondo outra diferente. Também é nessa época que começa a se projetar o Rock Progressivo. Os primeiros passos deste estilo um tanto, vanguardista, por assim dizer, dá-se principalmente pelo primeiro álbum da banda King Crimson, "In The Court Of The Crimson King".

Emerson, Lake & Palmer surge justamente nessa época e, levando em conta que o baixista/guitarrista/vocalista Greg Lake integrava o mesmo King Crimson antes citado, um ano antes do surgimento de ELP, não era de se esperar que a orientação artística do grupo fosse tomar qualquer outro rumo. Deve se levar em conta que os três músicos compunham a alta "estirpe" do ramo musical na época, portanto a expectativa na união era imensa, mas, acima de tudo, incentivada.

Dito isto, Greg Lake, ex-King Crimson; Keith Emerson, o aclamadíssimo tecladista do The Nice e Carl Palmer, o excelente baterista que antes integrava a banda Crazy World Of Arthur Brown (que por sinal, eu nunca escutei e vou procurar me informar) passam a dedicar-se excepcionalmente ao experimentalismo progressivo, inspirando-se principalmente na música Clássica, psicodélica no Blues e, em menor escala, no Jazz. A contribuição do grupo para a música viria a inspirar outras bandas progressivas. Um exemplo é o Triumvirat (Para quem se interessar, há o álbum Illusions On a Double Dimple aqui no blog).

Dentre vários trabalhos excepcionais como Brain Salad Surgery, Tarkus e Trilogy, o álbum de lançamento, Emerson, Lake & Palmer é em muitas ocasiões esquecido. Não se deve associar este esquecimento, no entanto, ao que seria um álbum ruim. O disco traz alguns dos grandes sucessos da banda. As ótimas Knife Edge e Take A Pebble são exemplos, destacando-se em ambas as composições recheadas de influências eruditas, no que diz respeito à composição e a harmonia musical.

Se levarmos em conta a influência clássica isoladamente, ela se dá, ainda mais latente do que em "Knife Edge" e "Take A Pebble, nas ótimas faixas instrumentais "The Barbarian" e "The Three Fates", em ambas destacando-se a excepcional aptidão técnica de Keith Emerson. Seguida de "The Three Fates", vem outra faixa instrumental: Tank. Nessa, porém, as influências clássicas ainda que permeiem o tema, são menos nítidas. Aqui se nota principalmente a construção de um som mais progressivo que em suas anteriores (com excessão de Knife Edge, que também é extremamente marcada por essa estruturação). O álbum se encerra com "Lucky Man". Nesta faixa, particularmente, nota-se as influências de outros estilos. Apesar de esbanjar certa inclinação progressiva, principalmente pela presença dos sintetizadores e as mudanças súbitas do tema mais para o final da música, têm-se nítidas influências do Folk. Isto chega a ser bastante peculiar vindo de uma banda como ELP, que muito pouco se dedicará a este tipo de estilo.

1- The Barbarian (4:32)
2- Take A Pebble (12:32)
3- Knife Edge (5:09)
4- The Three Fates (7:43)
5- Tank (6:52)
6- Lucky Man (4:38)

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postado por Caio Bucaretchi

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Béla Fleck & The Flecktones - Live Art (1996)

A primeira vez que ouvi o nome de Béla Fleck & The Flecktones foi ano passado, por intermédio de um amigo que iria a um show deles. Procurei algum material do grupo na Internet nas principais fontes como blogs e redes de p2p (estas últimas atualmente em baixa), fora algumas coisas no Youtube que, à primeira vista, não me interessaram muito. Este ano, o mesmo amigo veio comentar comigo sobre a possibilidade de freqüentar a outro show do grupo. Dessa vez fui mais a fundo e procurei mais material deles, e não me arrependo em momento algum de ter tido contato com alguns dos trabalhos do grupo. Excelentes, por sinal.

Apesar de ainda não conhecer muita coisa a fundo sobre a banda, "Live Art", dentre alguns dos álbuns que escutei, foi o que me chamou mais atenção. Digamos assim... foi amor à primeira "ouvida". Mesmo sendo meio cético quanto à formação inovadora da banda mencionada, arrependo-me profundamente de não ter tido contato com esse tipo de som ano passado quando tive a oportunidade. Pois bem, a tão bizarra formação consiste de Béla Fleck no banjo; Victor Wooten no baixo elétrico; Jeff Coffin no sax e o irmão de Victor Wooten, Roy Wooten na "bateria elétrica". Caso tenha estranhado este último instrumento, não, você não leu errado. A criação desta bateria é de autoria de Roy Wooten mesmo, talvez por isso o quase que total desconhecimento (do instrumento).

Bom, vamos ao que interessa. A música. A fusão de diferentes gêneros se faz presente em grande escala. Do Jazz ao Bluegrass e de certa maneira, do Funk ao Country e até no que diz respeito a alguns "antropofagismos" culturais, utilizando-se, de vez em quando, de ritmos célticos, clássicos e, por que não, "épicos". O som resultante acaba sendo original, até por causa da peculiar formação da banda, mas principalmente pela exacerbada aptidão técnica dos instrumentistas, especialmente nas performances ao vivo que acabam significando boa parte do tempo em improvisos não menos merecedores de elogios que os próprios músicos.

Se o destaque são as performances ao vivo, Live-Art se encaixa perfeitamente. O álbum duplo traz grandes Hits do grupo, tais como "Stomping Grounds" e "The Sinister Minister", também acompanhado de outra canções igualmente ótimas. E o melhor. Ao vivo! O álbum é o resultado da gravação das melhores performances dentre vários Shows realizados pelo grupo de 1992 a 1996.

No primeiro CD, os principais destaques ficam para a faixa de abertura, "New South Africa" e também para "Stomping Grounds", "Bigfoot", "Flying Saucer Dudes"e a jazzística "Vix 9".
O segundo álbum não fica em nenhum momento abaixo da qualidade do primeiro. A primeira faixa deste figura improvisações no baixo de Victor Wooten em cima do tema de "Amazing Grace". Os demais destaques ficam para a homenagem do grupo aos Beatles, com uma ótima versão de "Oh, Darling" (ênfase no ótima), "Blu Bop", a country "Cheeseballs in Coutown" e a um dos grandes hits do grupo, "The Sinister Minister".

CD 1
1- Intro (0:39)
2- New South Africa (4:43)
3- Stomping Grounds (5:26)
4- Lochs Of Dread (5:46)
5- Bigfoot (7:33)
6- Far East Medley (7:21)
7- Flying Sauce Dudes (5:35)
8- Ufo Tofu (3:38)
9- Interlude-Libation/ The Water Ritual (3:06)
10- Vix 9 (6:02)
11-The Message (9:16)

CD 2
1- Improv/Amazing Grace (6:46)
2- Shubbee's Doobie (4:40)
3- Oh Darling (6:21)
4- Blu-Bop (7:36)
5- Sunset Road (5:56)
6- More Luv (7:43)
7- Early Reflection, Bach, The Ballad (6:09)
8- Cheeseballs In Cowtown (5:38)
9- The Sinister Minister (7:30)
10-Flight Of The Cosmic Hippo (4:55)

CD 1
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CD 2
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postado por Caio Bucaretchi

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Weather Report - Black Market (1976)

Black Market é outro dos grandes álbuns do grupo de Fusion setentista "Weather Report". É o sexto álbum da banda, lançado um ano antes da obra prima, Heavy Weather. É o primeiro álbum do conjunto que teve a participação do baixista Jaco Pastorius. O disco, que muitas vezes fica à sombra de Heavy Weather, não deve ser em momento algum subestimado. É outro dos grandes trabalhos do grupo, trazendo a sonoridade característica deste e novamente se sobressaindo ante os padrões exigentes de uma época onde primores musicais eram lançados a todo instante.

O álbum, do início ao fim é delicioso e captativo. Não que seja desapropriado, uma vez que sua atenção será muito bem gasta. Abrindo com a faixa-título "Black Market", o álbum já se estabelece dentro de parâmetros mais do que esperados de uma banda da magnitude de Weather Report, surpreendendo a cada segundo de um dos grandes destaques deste. Se o previsível é que a qualidade venha a cair, muito pelo contrário, o disco está apenas começando e tende a manter-se em oscilações entre momentos ótimos e apenas esperados, mas nunca ruins. Segue-se a ótima "Cannon Ball", que, apesar do nome, é uma música calma, mas trabalhada fielmente a todos os instantes, fornecendo variações e improvisações que adequam-se e aprimoram o tema.

O álbum volta a ficar quente. "Gibraltar" é a música mais longa deste, e não que seja por coincidência, mas a maioria das músicas longas costumam ser os grandes destaques dos discos. "Gibraltar" não é exceção à regra. Basta dizer-se isso, e o resto é somente sonzeira. Os demais destaques ficam para a animada "Barbary Coast", marcada essencialmente pelo baixo de Jaco Pastorius e "Herandnu", trabalhada em cima de harmonizações de sintetizadores, encabeçadas por Joe Zawinul em uma excelente combinação.

Olha, difícil dizer se este excelente disco se iguala a Heavy Weather, mas caso não o faça, chega bem perto! Mas a questão é que, melhor ou não, vale mais do que a pena ser ouvido.

1- Black Market (6:32)
2- Cannon Ball (4:38)
3- Gibraltar (7:47)
4- Elegant People (5:05)
5- Three Clowns (3:22)
6- Barbary Coast (3:09)
7- Herandnu (6:36)

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Postado por Caio Bucaretchi

Batman, O Cavaleiro Das Trevas







Aos leitores do blog, inicio fazendo uma critica aos céticos que acusam o novo filme do homem morcego de ser puramente comercial, pois por mais que tenha grande repercussão na mídia, é possível, sem grandes problemas, dizer que o filme é uma obra prima, um trabalho genial realizado por um elenco muito bem dirigido e com, ao meu ver, um ator que supera às barreiras do inacreditável com sua atuação pontual, perfeita e sincronizada. Me refiro obviamente ao falecido Heath Ledger, que mais a frente será citado novamente.

A sinopse é simples, aumentando ainda mais o fascínio do filme.
Todos os eventos se passam um ano após o ocorrido em Batman Begins. Batman, Comissário Gordon e Harvey Dent o novo promotor de Gothan tentam combater às ruas infestadas de criminosos, dentre esses surge um homem misterioso que se auto denomina O Coringa, um vilão completamente Anárquico que só se importa em espalhar o caos e atinge Batman em seu interior, fazendo o Cavaleiro das Trevas confrontar tudo o que é e tudo em que acredita.

Bale comentou sobre o personagem dizendo: "Será que realmente tem um fim? Ele pode desistir e levar uma vida normal? Esse tipo de intensidade maníaca que alguém precisa ter para manter a paixão e a raiva que sentiu quando criança precisa de um esforço, depois de um tempo, para continuar fazendo isso. Em algum ponto, você precisa exorcizar seus demônios". "Agora você não tem apenas um jovem homem em dor tentando encontrar uma resposta, você tem alguém que tem poder, que sente o peso desse poder e que precisa reconhecer a diferença entre alcançar esse poder e mantê-lo".
.
Vamos agora ao primor do filme, Ledger, o Coringa, a lenda criada por um homem que teve um fim trágico levando ao túmulo seus segredos de como ser puramente Caótico.
Heath Ledger ficou isolado em um quarto de hotel durante um mês formulando a postura, a voz e a psique de seu personagem. tentou muitas vozes, pois queria fugir do Coringa de Jack Nicholson, do filme "Batman", de Tim Burton. Ledger escreveu em um diário dia após dia os pensamentos e sentimentos de seu personagem para poder se guiar nas filmagens.
Disse ser inspirado além de outros, por “Laranja Mecânica” e “Sid Vicious”, e ainda completou: "Tem um pouco de tudo nele. Não há nada consistente", disse Ledger, complementando que "há algumas surpresas nele".

Após o lançamento do trailer, o diretor de cinema Guillermo del Toro e o escritor de HQ Jeph Loeb elogiaram Ledger, enquanto que o co-criador de Batman Paul Dini, disse: "Ele parece mais 'de rua' do que qualquer outra versão do Coringa. Sua atitude é severa e sarcástica, ao contrário de maníaca. Não há piadas ou traquinagens com ele. Esse Coringa não divide lados, ele divide crânios"
Mark Hamill, que deu voz ao personagem no desenho animado, disse que: "A abordagem de psicopata debochado parece ser um jeito ótimo de reinventar o palhaço assustador favorito de todos".
Ledger morreu em 22 de janeiro de 2008, após a conclusão das filmagens. "Foi uma emoção tremenda, logo após ele falecer, ter que voltar e olhar para ele todos os dias", lembra Nolan. "Mas a verdade é que me sinto bastante sortudo por ter algo produtivo para fazer, por ter uma performance da qual ele se orgulhava muito, e confiado a mim o dever de concluí-la."

Ledger mais do que merecidamente está cotado a receber o Oscar Póstumo, e por mais polêmico que o prêmio possa ser, desta vez ele será mais do que justo.

O filme reserva outras surpresas, sejam elas de Harvey Dent, Bruce Wayne, Comissário Gordon e o próprio Coringa.
Ledger inicia e finaliza um ciclo com este filme, um ciclo que sem dúvida tem de ser memorizado a todos os apreciadores da arte Caótica e Anárquica.

Recomendo a todos o filme que é ao meu ver o maior marco do cinema na geração atual e que deve ser visto por todos os que desejam um excelente espetáculo.
Muito obrigado a todos e um grande abraço.




Elenco:
Christian Bale
Michael Caine
Heath Ledger

Maggie Gyllenhaal
Gary Oldman
Aaron Eckhart

Morgan Freeman
Eric Roberts
Anthony Michael Hall
Nestor Carbonell
Melinda McGraw
William Fichtner
Nathan Gamble



Direção:
Christopher Nolan



Produção:
Christopher Nolan
Charles Roven
Emma Thomas




Fotografia:
Wally Pfister



Trilha Sonora:
James Newton Howard
Hans Zimmer


Postado por: João Paulo

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Banda Black Rio - Maria Fumaça (1977)

Quando se fala da década de 70 em parâmetros musicais, logo remete-se a uma das épocas mais ricas culturalmente, junto à de 60, que viria a moldar a música popular como esta era conhecida. O Funk surgia dentro desse contexto, nos EUA. Derivado da fusão de estilos como a Black Music, o Rock e o Soul, a influência do gênero começava a se fazer presente no Brasil. A Banda Black Rio surge justamente com base nessa sólida influência, misturando o Funk norte-americano e o Jazz a ritmos brasileiros como o Samba e o Baião.

Fundado em 1976 no Rio de Janeiro pelo saxofonista Oberdan Magalhães, o grupo alcançou inicialmente grande sucesso nas pistas de dança cariocas. O sucesso da banda se alimentou principalmente da fusão de estilos já citada, trabalhando no Funk, mas valorizando a cultura brasileira com os ritmos seculares que compuseram toda a identidade musical do país. A receita foi tão bem sucedida que alcançou até certa fama no exterior, como por exemplo nas paradas britânicas.

Maria-Fumaça é o primeiro disco do grupo, trazendo somente faixas instrumentais. O disco abre com a faixa-título, "Maria Fumaça". Já à primeira-vista, é possível notar-se a forte influência do samba, misturando-se ao Jazz e ao Funk. "Na Baixa do Sapateiro" é a interpretação do grupo de uma das composições do mineiro Ary Barroso. Uma versão mais voltada para o Black e Funk. Quanto a "Mr Funky Samba" não há muito o que se discutir... é exatamente o que o título sugere. Os demais destaques ficam para "Metalúrgica", que procura explorar todos os ritmos que influenciam a banda, do Samba ao Funk e do Jazz ao R&B; "Baião", que desta vez traz ares nordestinos à música do grupo e "Casa Forte", no mesmo enfoque de "Metalúrgica" de misturar os vários ritmos diferentes, dando tons únicos à composição.

1 - Maria Fumaça (2:25)
2 - Na Baixa do Sapateiro (3:27)
3 - Mr. Funky Samba (3:39)
4 - Caminho da roça (3:03)
5 - Metalúrgica (3:02)
6 - Baião (3:00)
7 - Casa forte ( 2:22)
8 - Leblon via Vaz Lôbo (2:32)
9 - Urubu malandro (2:31)
10 - Junia (3:42)

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postado por Caio Bucaretchi

domingo, 24 de agosto de 2008

Traffic - Traffic (1968)

Traffic é uma banda britânica, mais especificamente da cidade de Birmingham. Isto acaba sendo difícil de acreditar, uma vez que o grupo faz um Rock recheado de influências do Country, Blues e Folk, assemelhando-se muito em algumas passagens às bandas de Southern Rock norte-americanas e trazendo também vários toques do Rock Psicodélico e do Jazz, especialmente nas improvisações.

A banda era composta por Stevie Winwood, ora guitarrista ora organista; Dave Mason, o segundo guitarrista; Jim Capaldi na bateria e Chris Wood nos instrumentos de sopro, mais especificamente sax e flauta.

Traffic é o segundo e provavelmente o melhor disco da banda que viria a se dispersar dois anos mais tarde. O álbum abre com "You Can All Join In", fazendo-se notável as influências do Folk e Country. "Pearly Queen" já apresenta outra ambientação, dirigindo-se aos braços do Rock Psicodélico. "Don't Be Sad" traz alguns tons do Country e do Folk, seguida de "Who Knows What Tomorrow May Bring", trabalhada em cima do Blues e do Rock Psicodélico. "Feelin' Alright" é outra bastante influenciada pelos Blues. "Vagabond Virgin" explora bastante o Jazz e alguns tons do Folk, mesclando-os. "Forty Thousand Headmen" é outra que revive as influências do Rock Psicodélico e do Jazz no grupo. "Cryin' To Be Heard" é minha predileta deste magnífico álbum, trazendo várias cores do Jazz e do Blues. "No Time To Live" é um dos clássicos do álbum, lembrando bastante às baladas musicais da época.
O álbum finalmente se encerra com "Means To An End", outra que é guiada pelo Blues e em partes pelo Rock Psicodélico.

1- You Can All Join In (3:37)

2- Pearly Queen (4:19)

3- Don't Be Sad (3:22)

4- Who Knows What Tomorrow May Bring (3:13)

5- Feelin' Alright (4:18)
6- Vagabond Virgin (5:22)
7- Forty Thousand Headmen (3:14)

8- Cryin' To Be Heard (5:14)

9- No Time To Live (5:20)

10-Means To An End (2:38)

Bonus:
11-You Can All Join In (mono single mix)
12-Feelin' Alright (mono single mix)
13-Withering Tree (stereo single mix)

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postado por Caio Bucaretchi

sábado, 23 de agosto de 2008

Al Di Meola, John McLaughlin, Paco De Lucia - Friday Night In San Francisco [LIVE] (1980)

Primeiro trabalho deste trio magistral, "Friday Night In San Francisco" é um álbum gravado ao vivo. A pergunta inicial seria como três músicos de orientações tão antagônicas poderiam gerar algo excepcionalmente bom, como é o resultado por aqui. A mesclagem dos estilos não só se mostra compatível no disco como também complementar.

O disco traz um jovem Al Di Meola, já com certa fama por seu trabalho com Chick Corea no grande grupo de Fusion "Return To Forever"; o virtuoso e já consagrado John McLaughlin por suas participações com Miles Davis e seu próprio grupo, Mahavishnu Orchestra e introduz o mestre do Flamenco, Paco De Lucia aos amantes do Jazz. Em conjunto, o resultado traz abusados solos acústicos e os três excepcionais artistas pintando, experimentando e deliciando-se entre as mais variadas cores do Jazz, Flamenco e até com alguns tons de Blues.

"Friday Night In San Francisco" é um trabalho acústico, o que poderia criar algumas dificuldades para guitarristas elétricos, como é o caso de McLaughlin e Al Di Meola. No entanto, ambos contornam esse problema muito bem, até o transformando em uma qualidade.

Analisar cada faixa do disco profundamente é uma tarefa árdua, o único jeito de se entender é mesmo ouvindo-o, portanto, deixo os com direito a uma análise bastante superficial. O álbum abre com "Mediterranean Sundance/Rio Ancho", uma dádiva aos amantes de Flamenco. São 12 minutos de solos de violão na mais pura forma do estilo, alternando melodias e temas. "Short Tales Of Black Forest" traz a navegação do grupo em todos os estilos que se propõe a apresentar, incluindo o Jazz, o Flamenco e o Blues, com direito até a um revival do tema principal de "A Pantera Cor-de-Rosa" e marcado pelo improviso do trio em cima deste. "Frevo Rasgado" é exatamente o que o nome evidencia: Um frevo acelerado e pegado, novamente marcado pelas improvisações e ótimos solos de violão acústico. "Fantasia Suite" progride na mesma fórmula das outras, trazendo tons de Flamenco e de Jazz e muitas alternações rítmicas que enriquecem a composição. O álbum fecha com "Guardian Angel", a única música com menos de 8 minutos no disco, mas não menos merecedora de destaque que as outras, explorando novamente e encontrando o Jazz dentro do Flamenco. Os ouvidos agradecem.

1-Mediterranean Sundance/Rio Ancho (11:36)
2-Short Tales Of The Black Forest (8:44)
3-Frevo Rasgado (7:57)
4-Fantasia Suite (8:54)
5-Guardian Angel (4:02)

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postado por Caio Bucaretchi

Mahavishnu Orchestra - Birds Of Fire (1972)

Mahavishnu Orchstra, liderada pelo virtuoso e aclamado guitarrista John McLaughlin, é outro dos grandes pioneiros do Jazz-Fusion, unindo vários elementos do Jazz e do Rock e fazendo um som um pouco mais pesado que, por exemplo, Return To Forever e Weather Report, bandas incluídas no mesmo gênero.

Um fato curioso quanto ao grupo é a composição deste, sendo formado por membros de diferentes países. John McLaughlin é inglês; o baterista Billy Cobham, Panamenho; Rick Laird, o baixista, é Irlandês; Jan Hammer, o tecladista, é Tcheco e o violinista Jerry Goodman é Estadunidense. Unindo as diferentes influências culturais ao som que se resulta, nota-se que este é único.


Apesar de ser considerada uma banda de Fusion, o Mahavishnu Orchestra se aproxima em vários momentos também do Rock Progressivo, fazendo um som marcado pelo experimentalismo de sintetizadores, distorções de guitarra e várias alternâncias rítmicas, contrapondo-se aos padrões de grande parte dos outros grupos de Fusion. O uso de improvisações extraordinárias e freqüentes, no entanto, colocam o conjunto novamente nos trilhos do Jazz.

Birds Of Fire, o segundo álbum lançado pelo grupo, é um dos grandes trabalhos do mesmo. A canção-título abre o disco, sendo um dos grandes destaques e mostrando todo o virtuosismo e capacidade técnica de McLaughlin e do resto do grupo. As composições seguintes, "Miles Beyond" e "Celestial Terrestrial Commuters" são provavelmente as mais Fusion do álbum. "Sapphire Bullets Of Love", apesar de curta volta a trazer aproximações ao Prog. "Thousand Island Park" é um belo Jazz acústico e bastante tranqüila, nem parecendo ser do mesmo grupo de autoria da música que abriu o álbum, "Birds Of Fire". Em seguida vem Hope, outra que une elementos do Fusion e do Progressivo. "One Word" lembra bastante as tendências do Rock na época, também trazendo algumas nuances de Funk. O álbum fecha em grande estilo com "Resolution", em minha opinião a mais Progressiva do álbum inteiro. Ótimo disco!

1- Birds Of Fire (5:50)

2- Miles Beyond (4:48)

3- Celestrial Terrestrial Commuters (2:55)

4- Sapphire Bullets Of Pure Love (0:24)

5- Thousand Island Park (3:24)

6- Hope (2:00)

7- One Word (9:58)

8- Sanctuary (5:06)

9- Open Country Joy (3:56)

10-Resolution (2:09)


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postado por Caio Bucaretchi