terça-feira, 29 de dezembro de 2009

The Sound Stylistics - Greasin' The Wheels (2007 - 2008)

É inegável que nestes últimos anos de revoluções nas mídias de comunicação em massa, a internet reinou hegemonicamente. Subjulgou as demais formas de comunicação e, com domínios como o Youtube e até mesmo o Blog, pretende também fagocitá-las aos poucos. Por mais que em momentos nos ponhamos a criticá-la, existem coisas que não teríamos a possibilidade de saborear se não fosse a acessibilidade a esse vasto portal paradoxal, que em momentos aparece como um dos grandes vilões da sociedade patológica do Século XXI, seja por casos escrachados de exposição sexual, seja por outros motivos; mas em outros, aparece inefável como o maior portal de acesso à cultura já desenvolvido na História da Humanidade.

No meu caso, não teria acesso a nem 1/8 do que eu conheço hoje de música se não fosse pela internet. "Sound Stylistics" então, seria um sonho ainda mais distante. Não saberia eu o que estava perdendo, pois trata-se de uma das maiores pérolas da cena Funk inglesa.

Sound Stylistics é uma daquelas bandas que você descobre navegando a esmo pela Internet. Quando se depara com aquele encarte singelo no MySpace, mal pode esperar pela revolução rítmica que, em breve põe em questão tudo o que você conhece de música. Quando já se tem certeza que ouviu de tudo, surgem estas bandas tímidas e revolucionárias. Tão inovador, ao mesmo tempo que se prende a influências tão arraigadas e que, infelizmente, cada vez mais se encontram dissolvidas nos "grandes artistas" da música do jovem Século XXI, com riscos notáveis de desaparecimento. Por outro lado, a tecnologia deste mesmo conturbado Século nos trouxe a possibilidade de acesso infindável a esses redutos de Cultura, onde ela toda se renova e se reafirma nos porões escuros da World Wide Web, enquanto lá fora, na boca e nos ouvidos do povaréu se degrada e se banaliza.

Pois bem, chega de desvios. Vamos ao que interessa. "The Sound Stylistics" é o resultado de uma reunião entre músicos já creditados e renomados no mundo do Jazz e Funk londrino. O organista James Taylor, junto ao baixista Gary Crockett, baterista Neil Robinson e os guitarristas Eddie Roberts e Mark Van der Gucht unem-se aos excelentes Jim Watson (sintetizadores), Dominic Glover (trompete), Nichol Thompson (trombone), todos estes reconhecidos por seus trabalhos na banda Incognito; e Andy Ross e Mike Smith (saxofonistas, sendo este último integrante do Jamiroquai). Como pode notar-se, não somente é um arsenal de músicos com um currículo já consagrado como também um arsenal de Sopros.

Apesar da influências de seus integrantes, o Sound Stylistics não chegou no início de sua formação a emplacar. O primeiro álbum, "Deep Funk", de 2002, teria supostamente virado um item de colecionador, já que nunca havia sido concebido oficialmente, o que veio a acontecer em 2007.

Passados e lamentações à parte, a banda com certeza se reencontra em "Greasin' The Wheels". Assim que se propõe a dar uma voz mais jazzística ao Funk em "Tie One On", o disco já é todo sucessos. Porém, fica melhor ainda em "The Crisis Generator". Esta segue nas linhas da última, mas nos embalos de um dos maiores solos de teclado que meus ouvidos já puderam se dar ao luxo de ouvir. "Crack Away Jack" emplaca um funk cru, com os sopros remetendo-o bastante ao Soul americano. "Eye Of The Storm" já muda de orientações e apresenta a verdadeira salada de maravilhas e ritmos que é este álbum, adicionando agora ares de Fusion, ao mesmo tempo que mantém a marcante pegada funk característica da banda.

Os demais destaques ficam para "The Taking Of Pecham 343", "One For The Road" e "Cornholin", sem desmerecer as demais composições, que mantém-se em um patamar nivelado ao dos grandes mestres que conduziram a gravação de obra tão esplêndida.

1- Tie One On (4:38)
2- The Crisis Generator (4:54)
3- Crack Away Jack (4:13)
4- Eye Of The Storm (5:47)
5- Knucklehead (5:34)
6- The Taking Of Pecham 343 (4:48)
7- The Burner (6:23)
8- Say It Ain't So (5:35)
9- One For The Road (5:25)
10-El Nino (5:28)
11-CornHolin (4:22)
12- Big Pieces (5:02)

OBS: A data de lançamento do álbum está entre 2007 e 2008 no título pois em nenhuma fonte achei algo que estimasse com precisão sua realização. Serve apenas para direcionar e não deve ser utilizado como fonte de informações.

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postado por Caio

sábado, 19 de dezembro de 2009

Blood, Sweat & Tears - Blood, Sweat & Tears (1968)

O Blood, Sweat & Tears foi criado em 1967. Nesta época, aflorava-se a Contracultura Hippie, o que foi um fator determinante para a fama inicial que a banda alçou, já que Al Kooper, um dos fundadores da banda e o "frontman" então, já era conhecido no mundo musical pelo fato de ter participado de alguns shows com grandes artistas e representantes do movimento, como por exemplo Jimi Hendrix.

O contexto do álbum homônimo à banda, porém, está integrado ao período em que David Clayton Thomas, um cantor canadense, assumiu a voz do grupo. O "Blood, Sweat & Tears" assumiu um estilo bem diversificado, marcado pelas influências do Jazz, do Rock e do blues, mesclando-os e criando uma espécie de Fusion. Porém, contrapõe-se ao Fusion padrão, que tendia mais para os arranjos instrumentais e une o vocal como carro-chefe da música.

O álbum "Blood, Sweat & Tears" foi o segundo da banda e talvez o trabalho mais marcante desta, considerando que, após o lançamento deste e a saída de Al Kooper, o grupo nunca mais alcançou o mesmo sucesso. O disco é marcante do início ao fim, porém destacam-se as músicas "Smiling Phases","Spinning Wheel" e "Blues pt.2".

1 - Variations On A theme By Erik Satie (2:30)
2- Smiling Phases (5:11)
3- Sometimes In Winter (3:09)
4- More and More (3:04)
5- And When I Die (4:06)
6- God Bless The Child (5:56)
7- Spinning Wheel (4:08)
8- You've Made me So Very Happy (4:19)
9- Blues pt.2 (11:43)
10- Variations On A theme By Erik Satie (1:40)

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postado por Caio