sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Weather Report - Black Market (1976)

Black Market é outro dos grandes álbuns do grupo de Fusion setentista "Weather Report". É o sexto álbum da banda, lançado um ano antes da obra prima, Heavy Weather. É o primeiro álbum do conjunto que teve a participação do baixista Jaco Pastorius. O disco, que muitas vezes fica à sombra de Heavy Weather, não deve ser em momento algum subestimado. É outro dos grandes trabalhos do grupo, trazendo a sonoridade característica deste e novamente se sobressaindo ante os padrões exigentes de uma época onde primores musicais eram lançados a todo instante.

O álbum, do início ao fim é delicioso e captativo. Não que seja desapropriado, uma vez que sua atenção será muito bem gasta. Abrindo com a faixa-título "Black Market", o álbum já se estabelece dentro de parâmetros mais do que esperados de uma banda da magnitude de Weather Report, surpreendendo a cada segundo de um dos grandes destaques deste. Se o previsível é que a qualidade venha a cair, muito pelo contrário, o disco está apenas começando e tende a manter-se em oscilações entre momentos ótimos e apenas esperados, mas nunca ruins. Segue-se a ótima "Cannon Ball", que, apesar do nome, é uma música calma, mas trabalhada fielmente a todos os instantes, fornecendo variações e improvisações que adequam-se e aprimoram o tema.

O álbum volta a ficar quente. "Gibraltar" é a música mais longa deste, e não que seja por coincidência, mas a maioria das músicas longas costumam ser os grandes destaques dos discos. "Gibraltar" não é exceção à regra. Basta dizer-se isso, e o resto é somente sonzeira. Os demais destaques ficam para a animada "Barbary Coast", marcada essencialmente pelo baixo de Jaco Pastorius e "Herandnu", trabalhada em cima de harmonizações de sintetizadores, encabeçadas por Joe Zawinul em uma excelente combinação.

Olha, difícil dizer se este excelente disco se iguala a Heavy Weather, mas caso não o faça, chega bem perto! Mas a questão é que, melhor ou não, vale mais do que a pena ser ouvido.

1- Black Market (6:32)
2- Cannon Ball (4:38)
3- Gibraltar (7:47)
4- Elegant People (5:05)
5- Three Clowns (3:22)
6- Barbary Coast (3:09)
7- Herandnu (6:36)

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Postado por Caio Bucaretchi

Batman, O Cavaleiro Das Trevas







Aos leitores do blog, inicio fazendo uma critica aos céticos que acusam o novo filme do homem morcego de ser puramente comercial, pois por mais que tenha grande repercussão na mídia, é possível, sem grandes problemas, dizer que o filme é uma obra prima, um trabalho genial realizado por um elenco muito bem dirigido e com, ao meu ver, um ator que supera às barreiras do inacreditável com sua atuação pontual, perfeita e sincronizada. Me refiro obviamente ao falecido Heath Ledger, que mais a frente será citado novamente.

A sinopse é simples, aumentando ainda mais o fascínio do filme.
Todos os eventos se passam um ano após o ocorrido em Batman Begins. Batman, Comissário Gordon e Harvey Dent o novo promotor de Gothan tentam combater às ruas infestadas de criminosos, dentre esses surge um homem misterioso que se auto denomina O Coringa, um vilão completamente Anárquico que só se importa em espalhar o caos e atinge Batman em seu interior, fazendo o Cavaleiro das Trevas confrontar tudo o que é e tudo em que acredita.

Bale comentou sobre o personagem dizendo: "Será que realmente tem um fim? Ele pode desistir e levar uma vida normal? Esse tipo de intensidade maníaca que alguém precisa ter para manter a paixão e a raiva que sentiu quando criança precisa de um esforço, depois de um tempo, para continuar fazendo isso. Em algum ponto, você precisa exorcizar seus demônios". "Agora você não tem apenas um jovem homem em dor tentando encontrar uma resposta, você tem alguém que tem poder, que sente o peso desse poder e que precisa reconhecer a diferença entre alcançar esse poder e mantê-lo".
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Vamos agora ao primor do filme, Ledger, o Coringa, a lenda criada por um homem que teve um fim trágico levando ao túmulo seus segredos de como ser puramente Caótico.
Heath Ledger ficou isolado em um quarto de hotel durante um mês formulando a postura, a voz e a psique de seu personagem. tentou muitas vozes, pois queria fugir do Coringa de Jack Nicholson, do filme "Batman", de Tim Burton. Ledger escreveu em um diário dia após dia os pensamentos e sentimentos de seu personagem para poder se guiar nas filmagens.
Disse ser inspirado além de outros, por “Laranja Mecânica” e “Sid Vicious”, e ainda completou: "Tem um pouco de tudo nele. Não há nada consistente", disse Ledger, complementando que "há algumas surpresas nele".

Após o lançamento do trailer, o diretor de cinema Guillermo del Toro e o escritor de HQ Jeph Loeb elogiaram Ledger, enquanto que o co-criador de Batman Paul Dini, disse: "Ele parece mais 'de rua' do que qualquer outra versão do Coringa. Sua atitude é severa e sarcástica, ao contrário de maníaca. Não há piadas ou traquinagens com ele. Esse Coringa não divide lados, ele divide crânios"
Mark Hamill, que deu voz ao personagem no desenho animado, disse que: "A abordagem de psicopata debochado parece ser um jeito ótimo de reinventar o palhaço assustador favorito de todos".
Ledger morreu em 22 de janeiro de 2008, após a conclusão das filmagens. "Foi uma emoção tremenda, logo após ele falecer, ter que voltar e olhar para ele todos os dias", lembra Nolan. "Mas a verdade é que me sinto bastante sortudo por ter algo produtivo para fazer, por ter uma performance da qual ele se orgulhava muito, e confiado a mim o dever de concluí-la."

Ledger mais do que merecidamente está cotado a receber o Oscar Póstumo, e por mais polêmico que o prêmio possa ser, desta vez ele será mais do que justo.

O filme reserva outras surpresas, sejam elas de Harvey Dent, Bruce Wayne, Comissário Gordon e o próprio Coringa.
Ledger inicia e finaliza um ciclo com este filme, um ciclo que sem dúvida tem de ser memorizado a todos os apreciadores da arte Caótica e Anárquica.

Recomendo a todos o filme que é ao meu ver o maior marco do cinema na geração atual e que deve ser visto por todos os que desejam um excelente espetáculo.
Muito obrigado a todos e um grande abraço.




Elenco:
Christian Bale
Michael Caine
Heath Ledger

Maggie Gyllenhaal
Gary Oldman
Aaron Eckhart

Morgan Freeman
Eric Roberts
Anthony Michael Hall
Nestor Carbonell
Melinda McGraw
William Fichtner
Nathan Gamble



Direção:
Christopher Nolan



Produção:
Christopher Nolan
Charles Roven
Emma Thomas




Fotografia:
Wally Pfister



Trilha Sonora:
James Newton Howard
Hans Zimmer


Postado por: João Paulo

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Banda Black Rio - Maria Fumaça (1977)

Quando se fala da década de 70 em parâmetros musicais, logo remete-se a uma das épocas mais ricas culturalmente, junto à de 60, que viria a moldar a música popular como esta era conhecida. O Funk surgia dentro desse contexto, nos EUA. Derivado da fusão de estilos como a Black Music, o Rock e o Soul, a influência do gênero começava a se fazer presente no Brasil. A Banda Black Rio surge justamente com base nessa sólida influência, misturando o Funk norte-americano e o Jazz a ritmos brasileiros como o Samba e o Baião.

Fundado em 1976 no Rio de Janeiro pelo saxofonista Oberdan Magalhães, o grupo alcançou inicialmente grande sucesso nas pistas de dança cariocas. O sucesso da banda se alimentou principalmente da fusão de estilos já citada, trabalhando no Funk, mas valorizando a cultura brasileira com os ritmos seculares que compuseram toda a identidade musical do país. A receita foi tão bem sucedida que alcançou até certa fama no exterior, como por exemplo nas paradas britânicas.

Maria-Fumaça é o primeiro disco do grupo, trazendo somente faixas instrumentais. O disco abre com a faixa-título, "Maria Fumaça". Já à primeira-vista, é possível notar-se a forte influência do samba, misturando-se ao Jazz e ao Funk. "Na Baixa do Sapateiro" é a interpretação do grupo de uma das composições do mineiro Ary Barroso. Uma versão mais voltada para o Black e Funk. Quanto a "Mr Funky Samba" não há muito o que se discutir... é exatamente o que o título sugere. Os demais destaques ficam para "Metalúrgica", que procura explorar todos os ritmos que influenciam a banda, do Samba ao Funk e do Jazz ao R&B; "Baião", que desta vez traz ares nordestinos à música do grupo e "Casa Forte", no mesmo enfoque de "Metalúrgica" de misturar os vários ritmos diferentes, dando tons únicos à composição.

1 - Maria Fumaça (2:25)
2 - Na Baixa do Sapateiro (3:27)
3 - Mr. Funky Samba (3:39)
4 - Caminho da roça (3:03)
5 - Metalúrgica (3:02)
6 - Baião (3:00)
7 - Casa forte ( 2:22)
8 - Leblon via Vaz Lôbo (2:32)
9 - Urubu malandro (2:31)
10 - Junia (3:42)

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postado por Caio Bucaretchi

domingo, 24 de agosto de 2008

Traffic - Traffic (1968)

Traffic é uma banda britânica, mais especificamente da cidade de Birmingham. Isto acaba sendo difícil de acreditar, uma vez que o grupo faz um Rock recheado de influências do Country, Blues e Folk, assemelhando-se muito em algumas passagens às bandas de Southern Rock norte-americanas e trazendo também vários toques do Rock Psicodélico e do Jazz, especialmente nas improvisações.

A banda era composta por Stevie Winwood, ora guitarrista ora organista; Dave Mason, o segundo guitarrista; Jim Capaldi na bateria e Chris Wood nos instrumentos de sopro, mais especificamente sax e flauta.

Traffic é o segundo e provavelmente o melhor disco da banda que viria a se dispersar dois anos mais tarde. O álbum abre com "You Can All Join In", fazendo-se notável as influências do Folk e Country. "Pearly Queen" já apresenta outra ambientação, dirigindo-se aos braços do Rock Psicodélico. "Don't Be Sad" traz alguns tons do Country e do Folk, seguida de "Who Knows What Tomorrow May Bring", trabalhada em cima do Blues e do Rock Psicodélico. "Feelin' Alright" é outra bastante influenciada pelos Blues. "Vagabond Virgin" explora bastante o Jazz e alguns tons do Folk, mesclando-os. "Forty Thousand Headmen" é outra que revive as influências do Rock Psicodélico e do Jazz no grupo. "Cryin' To Be Heard" é minha predileta deste magnífico álbum, trazendo várias cores do Jazz e do Blues. "No Time To Live" é um dos clássicos do álbum, lembrando bastante às baladas musicais da época.
O álbum finalmente se encerra com "Means To An End", outra que é guiada pelo Blues e em partes pelo Rock Psicodélico.

1- You Can All Join In (3:37)

2- Pearly Queen (4:19)

3- Don't Be Sad (3:22)

4- Who Knows What Tomorrow May Bring (3:13)

5- Feelin' Alright (4:18)
6- Vagabond Virgin (5:22)
7- Forty Thousand Headmen (3:14)

8- Cryin' To Be Heard (5:14)

9- No Time To Live (5:20)

10-Means To An End (2:38)

Bonus:
11-You Can All Join In (mono single mix)
12-Feelin' Alright (mono single mix)
13-Withering Tree (stereo single mix)

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postado por Caio Bucaretchi

sábado, 23 de agosto de 2008

Al Di Meola, John McLaughlin, Paco De Lucia - Friday Night In San Francisco [LIVE] (1980)

Primeiro trabalho deste trio magistral, "Friday Night In San Francisco" é um álbum gravado ao vivo. A pergunta inicial seria como três músicos de orientações tão antagônicas poderiam gerar algo excepcionalmente bom, como é o resultado por aqui. A mesclagem dos estilos não só se mostra compatível no disco como também complementar.

O disco traz um jovem Al Di Meola, já com certa fama por seu trabalho com Chick Corea no grande grupo de Fusion "Return To Forever"; o virtuoso e já consagrado John McLaughlin por suas participações com Miles Davis e seu próprio grupo, Mahavishnu Orchestra e introduz o mestre do Flamenco, Paco De Lucia aos amantes do Jazz. Em conjunto, o resultado traz abusados solos acústicos e os três excepcionais artistas pintando, experimentando e deliciando-se entre as mais variadas cores do Jazz, Flamenco e até com alguns tons de Blues.

"Friday Night In San Francisco" é um trabalho acústico, o que poderia criar algumas dificuldades para guitarristas elétricos, como é o caso de McLaughlin e Al Di Meola. No entanto, ambos contornam esse problema muito bem, até o transformando em uma qualidade.

Analisar cada faixa do disco profundamente é uma tarefa árdua, o único jeito de se entender é mesmo ouvindo-o, portanto, deixo os com direito a uma análise bastante superficial. O álbum abre com "Mediterranean Sundance/Rio Ancho", uma dádiva aos amantes de Flamenco. São 12 minutos de solos de violão na mais pura forma do estilo, alternando melodias e temas. "Short Tales Of Black Forest" traz a navegação do grupo em todos os estilos que se propõe a apresentar, incluindo o Jazz, o Flamenco e o Blues, com direito até a um revival do tema principal de "A Pantera Cor-de-Rosa" e marcado pelo improviso do trio em cima deste. "Frevo Rasgado" é exatamente o que o nome evidencia: Um frevo acelerado e pegado, novamente marcado pelas improvisações e ótimos solos de violão acústico. "Fantasia Suite" progride na mesma fórmula das outras, trazendo tons de Flamenco e de Jazz e muitas alternações rítmicas que enriquecem a composição. O álbum fecha com "Guardian Angel", a única música com menos de 8 minutos no disco, mas não menos merecedora de destaque que as outras, explorando novamente e encontrando o Jazz dentro do Flamenco. Os ouvidos agradecem.

1-Mediterranean Sundance/Rio Ancho (11:36)
2-Short Tales Of The Black Forest (8:44)
3-Frevo Rasgado (7:57)
4-Fantasia Suite (8:54)
5-Guardian Angel (4:02)

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postado por Caio Bucaretchi

Mahavishnu Orchestra - Birds Of Fire (1972)

Mahavishnu Orchstra, liderada pelo virtuoso e aclamado guitarrista John McLaughlin, é outro dos grandes pioneiros do Jazz-Fusion, unindo vários elementos do Jazz e do Rock e fazendo um som um pouco mais pesado que, por exemplo, Return To Forever e Weather Report, bandas incluídas no mesmo gênero.

Um fato curioso quanto ao grupo é a composição deste, sendo formado por membros de diferentes países. John McLaughlin é inglês; o baterista Billy Cobham, Panamenho; Rick Laird, o baixista, é Irlandês; Jan Hammer, o tecladista, é Tcheco e o violinista Jerry Goodman é Estadunidense. Unindo as diferentes influências culturais ao som que se resulta, nota-se que este é único.


Apesar de ser considerada uma banda de Fusion, o Mahavishnu Orchestra se aproxima em vários momentos também do Rock Progressivo, fazendo um som marcado pelo experimentalismo de sintetizadores, distorções de guitarra e várias alternâncias rítmicas, contrapondo-se aos padrões de grande parte dos outros grupos de Fusion. O uso de improvisações extraordinárias e freqüentes, no entanto, colocam o conjunto novamente nos trilhos do Jazz.

Birds Of Fire, o segundo álbum lançado pelo grupo, é um dos grandes trabalhos do mesmo. A canção-título abre o disco, sendo um dos grandes destaques e mostrando todo o virtuosismo e capacidade técnica de McLaughlin e do resto do grupo. As composições seguintes, "Miles Beyond" e "Celestial Terrestrial Commuters" são provavelmente as mais Fusion do álbum. "Sapphire Bullets Of Love", apesar de curta volta a trazer aproximações ao Prog. "Thousand Island Park" é um belo Jazz acústico e bastante tranqüila, nem parecendo ser do mesmo grupo de autoria da música que abriu o álbum, "Birds Of Fire". Em seguida vem Hope, outra que une elementos do Fusion e do Progressivo. "One Word" lembra bastante as tendências do Rock na época, também trazendo algumas nuances de Funk. O álbum fecha em grande estilo com "Resolution", em minha opinião a mais Progressiva do álbum inteiro. Ótimo disco!

1- Birds Of Fire (5:50)

2- Miles Beyond (4:48)

3- Celestrial Terrestrial Commuters (2:55)

4- Sapphire Bullets Of Pure Love (0:24)

5- Thousand Island Park (3:24)

6- Hope (2:00)

7- One Word (9:58)

8- Sanctuary (5:06)

9- Open Country Joy (3:56)

10-Resolution (2:09)


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postado por Caio Bucaretchi

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ten Years After! (3)


Olá galera, cumprindo de novo a promessa venho aqui postar outro álbum do Ten Years After:
" Undead" é o segundo álbum da banda. Isso mesmo, não estou surtando: o segundo disco lançado é ao vivo, gravado em um clube de jazz de Londres em 1968. Isso é de uma responsabilidade tremenda, uma vez que O Segundo Disco lançado por qualquer banda é considerado pela crítica como sendo o álbum decisivo: após o impacto do primeiro, o importante é mostrar que há uma continuação do trabalho da banda, que não se resume apenas em um único grande álbum. Enfim, o Ten Years After mostrou toda sua grandeza lançando esse álbum como o segundo gravado e explodiu o mito do segundo álbum. A capa do álbum também é expetacular.

"Undead", principalmente por ter sido gravado ao vivo e em um club de jazz, tem uma pegada jazzísitica e bluesy muuuuuito forte. O álbum contém apenas 5 músicas, mas que músicas! São incríveis relatos e aulas de como se faz música boa! O incrível é também que as músicas deste álbum ora são clássicos famosos ora são musicas compostas pelo próprio Ten years After, inéditas em trabalhos de estúdio, ou seja, é o lançamento de várias músicas em versões ao vivo em um LP ( isso porque algumas músicas foram lançadas anteriormente como EP, vide Going Home). Tal fato dá um gostinho a mais na audição do álbum, pois as músicas foram tocadas já numa versão "viajada" e longa ao vivo, diferentemente de outras músicas de estúdio que recebem tal tratamento apenas em outros álbums ao vivo.

A abertura é por conta de " I May Be Wrong But I Won't Be Wrong Always", composta por Alvin lee , um bluesão inédito e muito bom. " At the Woodchopper's Ball" é uma música de outro compositor, mas que recebe um tratamento diferente na mão do Ten Years After. " Spider in My Web" é um blues lento mas com muito feeling e emoção, que logo faz quem ouve sentir-se em um Pub solitário em alguma madrugada em alguma rua do centro chuvoso de Londres acompanhado de um bom Uísque. A banda também faz inclusive uma versão da mega-ultra-famosa música mais regravada do mundo, "Summertime", de Ira e George Gershwin, com direitos a solos de baterias. " Going Home" , talvez a música mais amada pelos fãs da banda, com longos solos de guitarra e que ficou famosa ao ser apresentada em Woodstock fecha o álbum, mas de maneira diferente do que estamos acostumados a ouvir: nessa versão, ela está mais lenta e muito mais Blues do que a original, o que não perde a grandeza dessa versão.

Um disco excelente!

I May Be Wrong But I Won't Be Wrong Always (Alvin Lee)
At The Woodchopper's Ball (Woody Herman; Joe Bishop)
Spider In My Web (Alvin Lee)
Summertime (George Gershwin)/ Shantung Cabbage (Ric Lee)
I'm Going Home (Alvin Lee)


DOWNLOAD ( FUNFANDO)




postado por: Ricardo

Marcus Miller - Silver Rain (2005)



Marcus Miller é de Nova York, nascido em 1959. É compositor e músico de jazz, um dos mais, se não o mais renomado Contra-Baixista da história da música.

Entre os vários músicos com quem Miller já tocou podemos incluir principalmente Miles Davis e David Sanborn.

O mais impressionante no repertório instrumental de Miller é que além do fato de ser um mito do Baixo também domina outros instrumentos como Clarineta, Teclado, Saxofone, Guitarra e teve aulas de Canto.

Miller é o criador do "Slapping", pois sua habilidade no baixo Fletless era inexplorada ao usar o baixo elétrico.

Foi influenciado por Baixistas de uma geração anterior a sua, grandes nomes da musica como Keni Burke e obviamente ao grande mestre Jaco Pastorius, responsável por influenciar Miller em quase todos os seus trabalhos, o que muitas vezes gerou acusações (principalmente no inicio de sua carreira) de plágio devido à semelhança do estilo de Jaco e de Miller, pois inegavelmente Jaco foi essencial para o desenvolvimento do estilo de Miller

Miller possui uma extensa discografia, costuma viajar muito para Europa e Japão, tanto como líder de banda, como músico acompanhante ou solo.

O Álbum “Silver Rain” é um solo de Miller, para ser exato é seu nono álbum solo.

O álbum mostra bem as várias facetas de Miller ao seu melhor estilo de Slapping, com algumas levadas de Rock em músicas como Frankenstein, mas mantendo o Jazz como foco principal. Musicas em que Miller não poupa seu inegável talento aparecem em todo o Álbum. Bruce Lee e Boogie On A Reggae Woman merecem destaque, porém, o restante do álbum é igualmente genial em todas as possíveis comparações do estilo.

A Música-Título “Silver Rain” é uma criação de Miller que combina diferentes estilos ao longo de sua composição, e mostra claramente a influência de Pastorius na obra de Miller, sendo de tal importância ao álbum que faz-se merecido este destaque à parte.

Agradeço a todos pela atenção, recomendo mais uma vez o Álbum a todos os fãs do Jazz e da boa música.
Um grande abraço a todos.
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"Silver Rain - Marcus Miller - 2005"

1. Intro Duction
2. Bruce Lee
3. La Villete
4. Behind The Smile
5. Frankenstein
6. Moonlight Sonata
7. Boogie On A Reggae Woman
8. Paris(Interlude)
9. Silver Rain
10. Make Up My Mind
11. Girls Et Boys
12. Sophisticated Lady
13. Power Of Soul
14. Outro Duction
15. If Only for One Night
Postado por: João Paulo

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Cat Stevens - Tea For The Tillerman (1970)

Cat Stevens é o nome artístico do cantor batizado Steven Demetre Georgiou e rebatizado mais tarde Yusuf Islam, quando converteu-se para o Islamismo, abandonando sua carreira musical e dedicando-se às atividades educacionais e filosóficas.

Quando músico, no entanto, Cat Stevens foi um dos grandes intérpretes do Folk Rock e também considerado um dos maiores ativistas pela paz por meio de sua música, com composições que viriam a se tornar simbólicas do protesto contra o armamentismo desenfreado, a construção de um mundo cada vez mais caótico e a favor da paz, tais como "Where Do The Children Play".

Tea For The Tillerman é um dos grandes trabalhos do cantor. A arte da capa do LP foi desenhada pelo próprio Cat Stevens, então um estudante de arte. Dentre as canções, o álbum contém provavelmente a maior coletânea dos grandes sucessos do cantor. As primeiras cinco faixas são incríveis, contando com "Sad Lisa"; "Where Do The Children Play", provavelmente a mais famosa do cantor; e "Wild World". O disco inteiro é fantástico do começo ao fim e vale a pena para qualquer apreciador de música, seja de Rock, Folk, Blues etc...

1- Where Do The Children Play (3:53)
2- Hard Headed Woman (3:48)
3- Wild World (3:20)
4- Sad Lisa (3:45)
5- Miles From Nowhere (3:38)
6- But I Might Die Tonight (1:53)
7- Long Boats (3:13)
8- Into White (3:25)
9- On The Road To Find Out (5:08)
10-Father And Son (3:42)
11-Tea For The Tillerman (1:05)

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Postado por Caio Bucaretchi

The Umbilical Brothers




"The Umbilical Brothers" é uma dupla de comediantes australianos especialistas em mímica e efeitos especiais totalmente realizados com a voz, sem o auxílio de qualquer áudio além de suas próprias vozes e sem nenhum auxílio material além de seus fantoches e seus próprios corpos.

David e Shane se conheceram em uma escola de teatro em Sydney no ano de 1988. Em 1990 começaram a se apresentar em shows locais. Devido ao trabalho muito competente da dupla eles venceram um grande campeonato de stand-up comedy em Sydney. O prêmio para a dupla foi uma passagem para Los Angeles. em 1995 participaram do show Just for Laughs em Montreal, sendo assim apresentados ao mundo. Algum tempo após o show ganharam seu próprio programa no Reino Unido o "Umbilical TV".

O mais impressionante sobre a dupla é o competente aspecto vocal e corporal de suas apresentações, ambos mostrando um Timing perfeito e uma dicção impecáveis, sendo assim hoje ambos estão entre os maiores mímicos vivos do mundo.

Trago este post ao blog pois se trata de mímica e também porque admiro muito o trabalho da dupla. Creio que a mímica sendo uma arte performática alternativa em relação ao teatro convencional, é ideal aos leitores do blog.

Aqui vou inserir alguns vídeos encontrados no YouTube. Estes vídeos em minha opinião são os melhores, porém, uma vez assistido um deles, caso desperte interesse basta continuar a assistir as dezenas de cenas da dupla nos vídeos relacionados.

Agradeço a todos e um grande abraço.



Umbilical Brothers - Encore :


Umbilical Brothers - Bathroom :


Umbilical Brothers - Taxi race driver :

Postado por: João Paulo

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Crosby, Stills & Nash - Crosby, Stills & Nash (1969)




Crosby, Stills & Nash é um dos chamados Supergrupos. Essa classificação deriva da formação de uma nova banda a partir da união de músicos de diferentes grupos e tornou-se prática comum no decorrer da década de 60 e 70. David Crosby, ex-Byrds; Stephen Stills, ex-Buffalo Springfield e Graham Nash, ex-Hollies constituem a formação inicial do trio que mais tarde teria a adesão do genial cantor, compositor e músico, Neil Young.
A música criada pela banda é amplamente influenciada pelo Folk norte-americano, mesclando-o ao Rock, ao Pop e até contando com certas nuances do Country, servindo apenas para dar uma incrementada que acabar por dar certo. Vários arranjos de violão e a excelente harmonia vocal entre Crosby, Stills e Nash, fazem do grupo citado uma ótima pedida, provando que corinho de macho de vez em quando pode ser ótimo, como é o caso. O disco de lançamento do trio, Crosby Stills & Nash foi finalizado em 1969, mesmo ano de Woodstock, onde chegaram a se apresentar ao público pela segunda vez desde a formação. Para mim é o melhor disco do grupo, não subestimando a presença Neil Young que um ano depois participaria da realização de outro ótimo álbum da banda, Dejá Vu. O álbum abre com uma das grandes canções do grupo: "Suite: Judy Blues Eyes", provavelmente o maior destaque do disco. As outras canções não perdem por muito, contando ainda com uma seleção de grandes sucessos da banda, tais como a belíssima "Wooden Ships" (minha preferida), Marrakesh Express, A Long Time Gone, a excelente "Guinnevere" e fechando com a animada "49 Bye-Byes".

1- Suite: Judy Blue Eyes (7:25)

2- Marrakesh Express (2:39)

3- Guinnevere (4:40)
4- You Don't Have to Cry (2:45)
5- Pre-Road Downs (3:01)
6- Wooden Ships (5:29)
7- Lady Of The Island (2:39)

8- Helplessly Hoping (2:41)
9- Long Time Gone (4:17)
10-49 Bye-Byes (5:16)


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Ten Years After! (2)- A Space In Time






Cumprindo a promessa anterior, volto com mais posts do Ten Years After!!
A Space In Time, é sem dúvida nenhuma, um dos melhores discos da história da música, e o sétimo álbum do Ten Years After, lançado 4 anos após o primeiro disco (!), Ten Years After, de 1967. Ou seja, se você for péssimo em matemática, o disco é de 1971. O disco mantém o ritmo habitual dessa banda, misturando muito som psicodélico com blues, rock'n roll e jazz, produzido numa época de ouro, quando os sonhos de liberdade brilhavam e criaram produndas esperanças nos corações jovens daquela época, vestígos de uma primavera que nunca devia ter terminado.

Mas o e o disco? Bom voltando ao álbum. Nota-se profundamente a textura psicodélica e viajada predominando em todas as músicas , com mudanças de ritmos e andamentos e também com experimentalismos nos fundos musicais e nos vocais de Alvin Lee, que demonstra ser um Monstro do instrumento nesse álbum. A blnda inteira, aliás, passava por um período de inspiração magnífica, o que notadamente permite a criação dessa belezura. " One of these days" abre o álbum com grande estilo. A música começa lenta, com efeitos na voz de Alvin, mas que aos poucos vai aumentando o andamento, até estourar com solos de harmônica e guitarra. " Here They Come" mostra toda a psicodelia da banda, começando com sons plasmáticos e futuristas, mais parecendo o início de Contatos imediatos de terceio grau ou algum filme alienígina do tipo ( sou fã desses filmes). Aliás, é sobre isso mesmo que a letra fala: seres de outros planetas ou de outras dimensões cósmicas, não explicitados se aliens ou anjos, veêm para transformar o mundo. A música tem incríveis três variações de temas e andamentos, todos perfeitamentes ligados, com direito a solos de assobio. " i'd love the change the world" é sem sombras de dúvidas, o maior hit do Ten Years After, sendo que é uma música extremamente famosa cujo nome parece ter passado o do próprio Ten Years. Uma tristeza, porque é não é uma das melhores músicas da banda, embora a letra seja linda, transmitindo mensagens de paz.


" Over The Hill" quebra a melancolia do hit anterior, sendo que é uma bela música acústica com arranjos orquestrais que transmitem muita alegria. " Baby Won't Let Me Rock'n roll You" apresenta uma face mais rock'n roll, mas que abre com uns sons chatinhos e desnecessãrios, mas é uma música que com certeza faria lindo em qualquer álbum do Led. " Once there Was a Time" é uma música com incrível temática Faroeste, mas que fala da paixão ao rock'n roll: "teve uma vez que eu passava fome, mas não vendi minha guitarra, porque se eu não a tivesse, agora estaria tocando em uma harpa de algum anjo" Ou seja: se não tivesse rock'n roll, morreria.


" Let the sky Fall" é uma música que lembra a intro de 'Good Morning Little School Girl', mas que tem outra temática, inclusive com variações de temas e ritmos e um solo ponta firme de Alvin. " Hard Monkeys" é um som bem legal também, com Alvin explorando novas sonoridades na guitarra.


" i Ve been There Too" tem uma introdução acústica como a maioria das músicas do Álbum, mas logo mostra-se ser uma antecendente dos sons que o Black Crowes buscava fazer: melodias alto astral e sons de viagem: música para botar no carro e partir, vendo atrás o asfalto e apenas o Sol brilhante na relva verde...Essa música é na minha opinião a melhor do álbum. Aliás, a música fala exatamente sobre isso: ser alto astral e viajar também. Outra vez a banda consegue causar a percepção que queriam através do som, sem necessitar entender a letra. E isso não é pouco mérito.


"uncle jam" é uma música jazz instrumental na forma de jam session como o próprio título sopõe. A impressão final do disco é que ele deixa a quem ouve estupidamente bem: é como se lavasse a alma, elevando os espíritos a outro cosmo.




Um discasso imperdível!!!!!!!!!

PS: Ainda falta o UNDEAD, LIVE IN EUROPE e BBC SESSIONS. Até breve!
Postado por Ricardo






terça-feira, 19 de agosto de 2008

Triumvirat - Illusions On A Double Dimple (1974)

Mais um post de banda de Rock Progressivo. Prometo que me controlarei nos próximos e tentarei trazer algo diferente. Triumvirat, porém, não poderia faltar! O grupo, como o nome já diz, era composto por três membros. Estes eram: Hans-Jürgen Fritz nos teclados e sintetizadores, Hans Bathelt na bateria e o baixista Werner Frangenberg. Dá pra se inferir pela grafia do nome dos membros que trata-se de uma banda Européia... Alemã pra ser mais específico.

Formado no início da década de 70, o grupo, particularmente Jürgen, foi fortemente influenciado por bandas como The Nice e Emerson, Lake & Palmer, ambas bandas pelas quais o prodígio dos teclados, Keith Emerson passou. Essas inspirações por si só já bastam para classificar superficialmente o som de Triumvirat: Apoiado na experimentação em larga escala de sintetizadores, ritmos e distorções sonoras, o grupo faz música sem intervalos para respirar e um progressivo mais solto e objetivo, lembrando em alguns momentos a música de ELP. Para entender melhor o grupo, no entanto, só escutando mesmo.

Illusions On A Double Dimple é uma verdadeira pérola do progressivo. As músicas parecem interligar-se, harmonizando entre as várias combinações, mas cada nova canção vem acompanhada de um diferente sentimento. O álbum abre com "Flashback", uma espécie de reminiscência, como o nome já diz, mas a música parece familiar, como um Dejá Vu. "Schooldays" muda totalmente as intenções de sua predecessora e apresenta realmente a música que o grupo se propõe a fazer. "Triangle" se compromete a apresentar o uso incansável (e bom) de sintetizadores, que se perpetuará até o fim do disco. Mas calma, só tende a melhorar. "Illusions", como uma vinheta abre "Dimplicity", uma das grandes composições do álbum. Os demais destaques ficam para "Maze", "Dawning" (Diga-se de passagem, uma ótima apresentação de piano), "Bad Deal" e "Roundabout". Imperdível!

1- Flashback (0:57)
2- Schooldays (3:23)
3- Triangle (6:53)
4- Illusions (1:43)
5- Dimplicity (5:38)
6- Last Dance (4:53)
7- Maze (3:04)
8- Dawning (1:03)
9- Bad Deal (1:43)
10-Roundabout (5:50)
11-Lucky Girl (5:14)
12-Million Dollars (4:43)

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postado por Caio Bucaretchi

domingo, 17 de agosto de 2008

The Who - Tommy (1969)

The Who é uma das maiores bandas britânicas que o Hard Rock já teve. O grupo tornou-se famoso pelas apresentações explosivas ao vivo, a destruição de instrumentos em palco, que virou uma característica da banda e, claro, pelo ótimo som que fazia. A qualidade da banda já era notável em sua formação. O excelente baixista John Entwistle (Thunderfingers!); o lendário guitarrista e compositor Peter Townshend; o explosivo, lunático e monstruoso Keith Moon na batera e a ótima voz de Roger Daltrey, que viria a inspirar mais tarde gente de alto calibre como Robert Plant.

O grupo firmou-se no mundo da música durante a década de 60, ao concluir apresentações fantásticas no aclamado "Monterey Pop Festival" de 1967, ainda no início da banda, e em "Woodstock" em 1969. Sua discografia é repleta de deliciosos álbuns tais como The Who Sell Out, Quadrophenia, Who's Next e claro, Tommy.

Tommy é provavelmente o álbum mais famoso da banda e o primeiro do gênero "Opera-Rock". Mais tarde surgiriam mais álbuns nesse modelo como "The Wall" do Pink Floyd. As músicas, em sua ordem apresentam-se como a estória de um garoto que acaba por se tornar surdo e mudo após um trauma, chamado Tommy, que descobre-se mais tarde como um Deus do Pinball. Para quem tiver interesse, também existe o filme "Tommy" com Roger Daltrey no papel principal, contando com participações de Eric Clapton, Tina Turner e Elton John.

Musicalmente o álbum é ótimo, lançando hits da banda como Pinball Wizard e See Me/Feel Me (Go To The Mirror). O disco conta ainda com as ótimas Cousin Kevin, Acid Queen, e a extasiante I'm Free.

1- Overture (5:22)
2- It's A Boy (0:39)
3- 1921 (2:50)
4- Amazing Journey (3:25)
5- Sparks (3:47)
6- Eyesight To The Blind [The Hawker] (2:14)
7- Christmas (3:34)
8- Cousin Kevin (4:07)
9- The Acid Queen (3:35)
10-Underture (10:09)
11-Do You Think It's Alright (0:25)
12-Fiddle About (1:30)
13-Pinball Wizard (3:02)
14-There's A Doctor (0:24)
15-Go To The Mirror (3:50)
16-Tommy Can You Hear Me (1:36)
17-Smash The Mirror (1:35)
18-Sensation (2:28)
19-Miracle Cure (0:13)
20-Sally Simpson (4:12)
21-I'm Free (2:40)
22-Welcome (4:34)
23-Tommy's Holiday Camp (0:58)
24-We're Not Gonna Take It (7:08)

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postado por Caio Bucaretchi

sábado, 16 de agosto de 2008

Tower Of Power - The Very Best Of Tower of Power The Warner Years (2001)


Emilio Castillo, o principal responsável pela fundação do grupo, saxofonista e tenor, formou aos 17 anos após se mudar para California, a banda "The Gotham City Crime Fighters" que futuramente veio a ser chamada de "Motowns".

Em 1968 se juntou ao saxofonista Stephen "Doc" Kupka e o trompetista e trombonista Mic Gillette e alteraram o nome da banda para "Tower Of Power" após mudarem para Oakland e começarem a escrever material próprio.
Em 1970 o trompetista Greg Adams se juntou ao grupo, e após assinar um contrato com a gravadora "Bill Graham's San Francisco Records", lançaram o álbum "East Bay Grease".
Em 1972 foi assinado um contrato com a "Warner Bros. Records" e lançando o álbum "Bump City".
Já em 1974 a banda alterou sue estilo para o funk, porém continuava a compor baladas.
A banda saiu de sua fase comercial após a saída do vocalista Lenny Willians.

Mudanças de membros fazem parte da história e da evolução da banda; cerca de 60 músicos tocaram, viajaram e/ou tocaram com a banda através dos anos, incluindo o diretor musical do "Saturday Night Live", Lenny Picket; o baterista David Garibaldi; o trompetista Rick Waychesko; o baixista Rocco Prestia; o saxofonista Richard Elliot; e o baixista e fundador do BALCO, Victor Conte. Depois de deixar a banda, um dos vocalistas originais, Rick Stevens, foi condenado à prisão em Three Counts por homocídio em primeiro grau. O vocalista original, Rufus Miller, fez a maioria dos vocais principais em "East Bay Grease" .

18 álbuns foram lançados pela banda, além do músicos e bandas influenciados como por exemplo Little Feat, The Monkees, Santana, Elton John, Linda Lewis, e outros mais.

O álbum "The Very Best Of Tower of Power The Warner Years " recomendo de forma breve, pois apresenta as varias metamorfoses do grupo, um álbum bem trabalhado, realmente com os melhores hits da banda desde sua origem até 2001, ano do lançamento do disco.

Essa basicamente é a historia do grupo, o "Tower of Power", uma banda que ao longo de uma história longa e conturbada, porém muito digna e boa. Variando do Jazz ao R&B ou do Funk ao Black e Blues a banda se manteve forte, independente dos estilos, pois mudar faz parte da história da banda. "Tower Of Power" ainda dev continuar por muito tempo, é ao menos o que os fãs de boa música esperam.
Agradeço a todos, um abraço.


Discografia

1970 East Bay Grease
1972 Bump City
1972 Lights out: San Francisco
1972 Fillmore - The Last Days
1973 Tower of Power
1974 Back to Oakland
1974 Funkland
1974 Urban Renewal
1975 In The Slot
1976 Live and in Living Color
1976 Ain't Nothin' Stoppin Us Now
1978 We Came to Play
1979 Back on the Streets
1981 Direct
1986 What is hip?
1986 TOP
1987 Power
1991 Monster on a Leash
1993 T.O.P.
1995 Souled Out
1997 Rhythm and Business
1997 Direct Plus!
1999 Soul Vaccination: Tower of Power : Live
1999 Dinosaur Tracks Previously UNRELEASED Tracks (Recorded 1982)
1999 What Is Hip? Tower of Power Anthology 2-CDs
2001 The Very Best Of Tower of Power The Warner Years
2002 Soul With A Capital "S"
2003 Oakland's Own, In the Oakland Zone
2003 Havin' Fun
2003 What Is Hip? & Other Hits


The Very Best Of Tower Of Power: The Warner Years - Tower Of Power (2001)

1. You Got To Funkifize
2. What Happened To The World That Day
3. Down To The Nightclub
4. You're Still A Young Man
5. What Is Hip
6. So Very Hard To Go
7. This Time It's Real
8. Will I Ever Find A Love
9. Soul Vaccination
10. Time Will Tell
11. Below Us, All The City Lights
12. Don't Change Horses (In The Middle Of A Stream)
13. Willing To Learn
14. Only So Much Oil In The Ground
15. I Won't Leave Unless You Want Me To
16. You're So Wonderful, So Marvelous

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Postado por: João Paulo

Ten Years After!



Ten Years After. A primeira vez que eu ouvi essa banda, putz, não vou me esquecer. Num DVD de Woodstock, chega um cara loiro bem drogado com um vozerão e começa a falar: essa é uma chamada " Going Home by Hellicopter". E começa o momento de fúria, paixão. O cara parecia um demônio debulhando a guitarra com licks e riffs antológicos numa velocidade descomunal. Não, não era nada parecido com Steve Vai-Vai ou com Joel Satriani. Era algo a mais...a música tinha sentimento, faíscas incandescentes de magma roqueiro. Sim, eu nunca mais esqueci essa performace.


Alvin lee, vocais & guitarra, Leo Lyons, baixo, Chick Churchill, Teclado e pianos; e Ric Lee( que não é parente de Alvin Lee) na batera. A banda formou-se em 1967 e uniu rock n' roll, hard rock, som psicodélico, blues e jazz. Dotados de técnica invejável, o Ten Years After é para mim a melhor banda dos anos 60. O som é incrivelmente pesado para a época, levando em consideração as apresentações em Woodstock e o álbum Live in Europe ( Recorded Live). Mas para vocês entenderem do que estou falando, nada melhor do que baixar os álbuns que aqui postarei.


Ten Years After é o primeiro álbum da banda, lançado no ano 1967. A arte de encarte é muito piscodélica, com a foto da banda ainda " muleque" destacada frontalmente de maneira meio embaçada e o título escrito em letreiros coloridos.

Este álbum é excelente. Abre com um som rock'n roll blues à la " Memphis". A segunda já é um biscoito finíssimo: " I Can't Keep From Cryin' Sometimes", um jazz blues fusion demais, com solos maravilhosos de Alvin Lee, o grande mago da guitarra. " Adventures of a Young Organ" é um som que mostra bem a cara misturada da banda, com sons que alternam entre o psicodélico, jazz e blues em 2 minutos e 40 segundos. A única irregular " Losing The Dogs" dá uma textura meio country, mas que felizmente desparece nas próximas " bluesy " " Feel it For me" e " Love You Until i Die", com solos de harmônica efetuados por Alvin Lee. A acústica " Don't want you Woman" não deixa a peteca cair, e sua textura é muito semelhante aos " Spirits-Blues" do sul profundo dos estados unidos, ou seja, Muddy Waters e compania. O gran Finale vem com a incrível música de 9 minutos " Help Me", um lindíssimo lamento sentimental em que Alvin Lee coloca toda a paixão em seus vocais.


Ten Years After é um álbum indispensável para quem gosta de música, digamos, de outro planeta. Nada mais a declarar.

1- I Want To Know
2- I Can't Keep From Crying, Sometimes
3- Adventures Of A Young Organ
4- Spoonful
5- Losing The Dogs
6- Feel It For Me
7- Love Until I Die
8- Don't Want You Woman
9- Help Me


postado por: Ricardo

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

The Zombies - Odessey & Oracle (1968)

Durante o transcorrer da década de 60, alguns grupos começaram a experimentar a fusão de um ritmo mais "pop" com o Rock, o que levou ao surgimento de grupos como Manfred Mann, The Zombies e até alguma influência na discografia dos Beatles e dos Byrds. Zombies, porém, executa essa miscigenação artística de uma maneira muito sutil e original, procurando estabelecer um meio termo entre o pop inglês e a psicodelia explosiva da época.

Quem já teve a oportunidade de ouvir "She's Not There" sabe que os Zombies são capazes de fazer um som leve e agradável. Odessey & Oracle, no entanto, é um caso à parte na carreira dos britânicos. O álbum inteiro é marcado por uma experimentação de ritmos e timbres, tornando cada música que integra o disco única. Não é possível dizer com clareza se seria o ritmo, as vozes ou a música em si (todos muito bons, por sinal), mas algo neste disco consegue tocar o espírito de uma maneira impactante e harmônica. Com certeza não será um dos "xodós" de ouvintes mais "hardcores", mas vale a tentativa.

Odessey & Oracle é considerado um dos melhores álbuns de todos os tempos, trazendo a mistura do Pop com o Rock Psicodélico e consagrando canções como Time Of The Season, hit nas rádios britânicas. O álbum inteiro traz composições excelentes, porém, minhas preferidas giram em torno de Butcher's Tale, Changes e Care Of Cell 44. Beechwood Park, A Rose For Emily e Time Of The Season, com destaque para os divertidos solos de teclado de Argent, são outras excelentes pedidas.

1- Care Of Cell 44 (3:54)
2- A Rose For Emily (2:17)
3- Maybe After He's Gone (2:32)
4- Beechwood Park (2:42)
5- Brief Candles (3:28)
6- Hung Up On A Dream (3:00)
7- Changes (3:17)
8- I Want Her She Wants Me (2:51)
9- This Will Be Our Year (0:57)
10-Butcher's Tale (2:45)
11-Friends Of Mine (2:15)
12-Time Of The Season (3:32)
13-I'll Call You Mine (2:37)
14-Don't Cry For Me (2:13)
15-If It Don't Work Out (2:27)

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postado por Caio Bucaretchi

Weather Report - Heavy Weather (1977)

Weather Report é uma das bandas pioneiras do Jazz-Fusion, junto a grandes grupos do gênero como Headhunters, de Herbie Hancock e Mahavishnu Orchestra, do virtuoso John McLaughlin. Erradicado no início da década de 70, nos Estados Unidos, o grupo chegou a contar em suas formações com excelentes músicos, tais como o ótimo tecladista Joe Zawinul, que já havia tocado com grandes nomes como Miles Davis; e o Deus do baixo elétrico, Jaco Pastorius. Só essa observação já bastaria para atestar a qualidade musical do grupo. Weather Report, no entanto, é ainda mais do que somente uma reunião de bons músicos. O grupo traz uma mistura equilibrada de Jazz e Rock, trazendo até algumas pitadas de Funk e criando uma sonoridade original e atraente.

Heavy Weather é um dos grandes álbuns do grupo e um dos marcos do Fusion, sendo ainda superior, em minha opinião, a outros destaques como Black Market. Grande parte das faixas são instrumentais, com destaques para "Birdland", "Teen Town" e a simpática "Palladíum".

1- Birdland (5:59)
2- A Remark You Made (6:53)
3- Teen Town (2:52)
4- Harlequin (4:01)
5- Rumba Mamá (2:11)
6- Palladíum (4:47)
7- The Juggler (5:03)
8- Havona (6:01)

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Postado por Caio Bucaretchi

Drácula Morto, Mas Feliz (1995)


Bram Stoker não esperava que sua obra viesse um dia a se tornar uma grande sátira nas mãos de Mel Brooks. "Drácula morto, mas feliz" carrega a assinatura de Brooks, com o típico humor exarcebado, porém, pouco grosseiro, também utilizado em "Agente 86" e outros de seus trabalhos como "Os Produtores".

O filme conta a história de Conde Drácula (Leslie Nielsen), que abandona sua propriedade na Transilvânia para morar em Londres. Drácula ataca alguns cidadãos da elite inglesa e objetivando por um fim ao terror causado pelo Conde, o renomado doutor Abraham Van Helsing (Mel Brooks) é chamado para o serviço.

Admito que sinopses ainda não são meu forte, porém, garanto aos que lêem que o filme, por mais desconhecido que possa ser, é um trabalho muito bem realizado por Brooks. O filme trás cenas hilárias aos que já tiveram ou não a oportunidade de ler o livro de Stoker, retratando cenas do livro em novos ambientes e velhas crendices.

Como costume na Cinegrafia de Brooks, os tradicionais exageros da comédia são presentes, contendo algumas cenas com apelo sexual, mas consideravelmente sutis.
Destaque para o trabalho competente no padrão cômico de todo o elenco, um filme que atingiu as expectativas sem forçar a barra em momento algum. Os cenários e (De)feitos especiais (dado que estes são apenas fumaça gerada por gelo seco e algumas transformações em morcego) são bem trabalhados apesar do orçamento não tão signifacativo, e o filme não tão recente.

Concluo mais uma postagem, recomendando novamente o filme, que considero uma comédia bem trabalhada, não aos pés dos Pythons, porém muito adequado ao gênero.
Obrigado a todos, um Abraço.

Direção: Mel Brooks

Com: Leslie Nielsen; Peter MacNicol; Steven Weber; Amy Yasbeck; Lysette Anthony; Harvey Korman; Mel Brooks; Mark Blankfield; Megan Cavanagh; Clive Revill; Chuck McCann; Avery Schreiber; Charlie Callas; Anne Bancroft

Postado por: João Paulo

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Gentle Giant - Gentle Giant/Octopus

Destacar somente algumas obras diante do grande acervo de herança cultural deixada pelo Gentle Giant é uma tarefa difícil. Qualquer fã do grupo se veria em um grande dilema quando a este fosse dada a tarefa de escolher um dentre nomes como Octopus, Free Hand, Three Friends, Acquiring The Taste, In A Glass House e o ótimo álbum que leva o nome da banda, Gentle Giant.

Gentle Giant é um dos grandes nomes do Rock Progressivo britânico, sendo um dos pioneiros do gênero. Sua curta duração (1970-1979) não foi em momento algum um fator limitante para a inextinguível criatividade do grupo, trazendo inovações em cada um de seus 12 excelentes álbuns.

Os primeiros álbuns do grupo, no entanto, são um caso à parte. Cita-se King Crimson como o principal pioneiro do Rock Progressivo com seu excelente álbum de 1969 "In The Court Of The Crimson King". Em 1970, no entanto, o som de Gentle Giant era bem diferente de qualquer coisa antes já vista, ausentando-se da psicodelia ainda presente no som dos amigos do Rei Escarlate um ano antes, e trazendo um novo vasto mundo de possível exploração musical.

O experimentalismo e a constante alternância para com os padrões culturais da época são uma característica de qualquer banda progressiva. Gentle Giant, no entanto, eleva essa afronta a outro patamar, algo muito claro em seus álbuns
Gentle Giant e Octopus, respectivamente 1° e 4° LPs da banda.

Quanto ao primeiro disco, o destaque fica para todas as 7 faixas. Não, não é preguiça de comentar, simplesmente faltam-me adjetivos para resumir o álbum. O melhor elogio que este pode receber é ser ouvido. Octopus é outra grande obra do grupo, com destaques para Advent Of Panurge; Racounter, Troubadour; Knots e Dog's Life. Dois discos magníficos.

Gentle Giant:
1-Giant (6:24)
2-Funny Ways (4:23)
3-Alucard (6:01)
4-Isn't It Quiet and Cold? (3:53)
5-Nothing At All (9:07)
6-Why Not? (5:31)
7-The Queen (1:40)

Octopus:
1-The Advent Of Panurge (4:45)
2-Racounteur, Troubadour (4:03)
3-A Cry For Everyone (4:06)
4-Knots (4:11)
5-The Boys In The Band (4:34)
6-Dog's Life (3:13)
7-Think Of Me With Kindness (3:31)
8-River (5:53)

Gentle Giant
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Octopus
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Postado por Caio Bucaretchi

Beowulf

Apresento-lhes hoje, o maior poema épico da Literatura medieval: Beowulf, o poema que originou o filme, porém, estou optando por publicar apenas o poema, pois assim podemos nos desvincular da extrema temática comercial exposta no filme.

O poema data entre 700 e 1000 d.C com o uso de aliterações, poema clássico da literatura Anglo-Saxã, não possui titulo, mas é conhecido como Beowulf desde o inicio do século XIX. Este marco da literatura medieval foi umas das fontes de inspiração de Tolkien para "O Senhor Dos Anéis".

Nos é contado a lenda de um herói, vindo de terras distantes junto a seus homens. Desembarcando nas terras de Herot, terra do grande rei Hrothgar, amaldiçoada por um demônio chamado Grendel, monstro terrível que se alimenta de homens inteiros. Beowulf é o herói que vem ao socorro do povo de Herot, pronto a desafiar o demônio Grendel. Uma grandiosa batalha entre ambos ocorre e Grendel é mortalmente ferido, porém consegue escapar de Beowulf e foge para morrer nos braços de sua mãe. Esta jura vingança àquele que matou seu filho.

Beowulf ao descobrir a existência de um outro demônio vai a sua caça, adentra seu covil e "derrota" a criatura. Hrothgar promete a Beowulf sua coroa quando o tempo retirar-lhe a vida. O rei, no entanto, sofre um estranho acidente e perece alguns dias após sua declaração. Todos gritam viva ao novo rei Beowulf. O poema pára e uma grande reflexão sobre o tempo se inicia. Ao fim desta, passaram-se muitos anos do reinado de Beowulf e uma nova criatura surge para conquistar o reino de Herot, um Dragão. Beowulf deve pela ultima vez lutar como guerreiro e enfrentar seus erros do passado.

Extrai alguns trechos do poema original e os inseri neste post. Infelizmente só consegui encontrar o poema em inglês atual, pois não se encontra o poema original no "velho inglês" e quanto menos em português. Creio que os leitores do blog não enfrentem dificuldades na tradução dos trechos que postarei, mas caso venha a aparecer qualquer complicação peço minhas sinceras desculpas pois fiz o meu melhor.

*Adaptação: Dr. David Breeden

Beowulf

Prologue: Early History of the Danes

Listen: You have heard of the Danish Kingsin the old days and how they were great warriors.Shield, the son of Sheaf,took many an enemy's chair,terrified many a warrior,after he was found an orphan.He prospered under the skyuntil people everywherelistened when he spoke.He was a good king!(...) Grain ruled the Danesa long time after his father's death,and to him was bornthe great Healfdene, fierce in battle,who ruled until he was old.Healfdene had four children--Heorogar, Hrothgar, Halga the Good,and a daughter who marriedOnela, King of the Swedes.

Grendel Attacks

One night, after a beer party,the Danes settled in the hallfor sleep; they knew no sorrows.The evil creature, grim and hungry,grabbed thirty warriorsand went home laughing.At dawn, when the Danes learned of Grendel's strength, there was great weeping. The old king sat sadly, crying for his men. Bloody footprints were found.

Beowulf Comes to Herot

The paved road guided the men.Their war-coats shone,the hard locks ringingas they came toward the hall.The sea-weary ones settheir broad, strong shieldsagainst the building's wall,then sat down on benches,their armor resounding.They stood their spears together,ash wood tipped with gray,an iron troop.(...) The brave one answered him,he of the proud Geats tribe,hard under his helmet:"We are Hygelac's table companions.Beowulf is my name.I will declare to the great lord,Healfdene's son, my errand,if your prince will greet us."

Aqui temos apenas pequenos trechos do poema original, vou anexar o site ao qual removi os trechos, neste os leitores podem ter acesso a obra completa, porem não em sua forma original. Mais uma vez Agradeço a atenção e paciência de todos, um Abraço e espero que apreciem a obra.

http://www.poetseers.org/the_great_poets/the_classics/beowulf/beowulf-poetry (site confiável e muito bom aos fãs de literatura estrangeira)

Postado por: João Paulo

Os Indomáveis

Os Indomaveis é o remake de um "bang-bang" clássico intitulado "Galante e Sanguinário". Para os leitores que estiverem se perguntando o porquê de não procurar um filme mais alternativo, eu respondo que "Os Indomáveis" é um filme de faroeste que merece ser ressaltado por sua temática praticamente não desfocada do aspecto comercial e por tratar-se, como já citado, da refilmagem de um filme clássico, mantendo a fidelidade do original até em muitas falas no decorrer do filme.

Dan Evans, interpretado por Christian Bale, (um excelente trabalho por sinal) é um rancheiro que se encontra em dificuldades financeiras. Ben Wade (Russel Crowe, outro trabalho muito bem realizado), é um perigoso foragido que acaba de assaltar uma diligência e parte para a cidade próxima ao rancho de Dan. Ambos se encontram no saloon, Dan reconhece o vilão e o mantém distraído até a chegada das autoridades, que prendem o foragido, sendo este levado a uma diligência em Yuma. No entanto, o grupo de oficiais não é o bastante para evitar a gangue de Wade durante todo o percurso. Em troca de dinheiro para salvar suas terras, Dan Evans aceita ajudar a levar Wade ao trem das 3:10, porém, a menor de suas tarefas será levar Wade à estação, pois sua gangue está disposta a matar qualquer um que se coloque à frente deles.

A sinopse realmente não é das melhores, mas sem dúvida o filme consegue manter-se fiel a seu original e fugir do rótulo comercial ao qual a maioria de filmes desse porte na atualidade tem se relacionado, com raras exceções, como Batman o Cavaleiros das Trevas e outros que futuramente possam ser citados aqui. O cenário do filme nos remete aos anos 50, época que foi filmado Galante e Sanguinário, clima texano típico de filmes do gênero, porém, com a vantagem da alta resolução e cores mais vibrantes ressaltando a ação e movimento do filme. A Trilha Sonora é um espetáculo à parte. Cativante, aprisiona os ouvintes, revelando um novo contexto. Esta acaba por compor um personagem discreto porém vital ao filme. As indicações que recebeu neste quesito foram merecidas, porém, infelizmente o filme não saiu vitorioso. A trilha típica faroeste, mas elevada a um novo nível. Sutil e agressiva, inconstante como cada um dos personagens.

No quesito atuação, o elenco é impecável. Todos os atores foram, no mínimo, grandiosos, fazendo com que os espectadores adentrassem à estória e, indo além, mostraram ainda o nível que filmes que abordam a mesma temática podem atingir hoje, com atores capacitados e com ótimas estórias, belas de ver e ouvir.

De maneira alguma quero desmerecer o filme original, mas hoje os atores e companhias de cinema encontram-se melhores preparados para realizar trabalhos épicos como é "Os Indomáveis". Digo isto pois o envolvimento dos atores foi tanto a ponto de o nome de Russel Crowe não aparecer nos créditos. Em todos os locais em que seu nome deveria supostamente aparecer, lê-se o nome Ben Wade. Apenas lamento o fato de o prêmio mais visado do cinema ser o hoje o Oscar, que, em alguns casos, acaba por ser extremamente influenciado pelas grandes produções Hollywoodianas. Enfim, "Os Indomáveis" merece toda a dedicação a que lhe fora dado neste espaço

Encerro minhas participação por aqui, pois creio que agora me faltam palavras para dar continuidade aos fatos. Recomendo aos Cinéfilos assistirem e se possível re-assistirem. A mitologia, o desenvolver e o final são cativantes, surpreendentes e próximos da perfeição (e) do real. Espero ter sido convincente e que procurem o filme, que sem duvida é um de meus favoritos.

Muito grato a todos pela atenção e um abraço.

Elenco

Russell Crowe (Ben Wade)
Christian Bale (Dan Evans)
Logan Lerman (William Evans)
Dallas Roberts (Grayson Butterfield)
Ben Foster (Charlie Prince)
Peter Fonda (Byron McElroy)
Vinessa Shaw (Emmy Nelson)
Alan Tudyk (Doc Potter)
Luce Rains (Delegado Weathers)
Gretchen Mol (Alice Evans)
Lennie Loftin (Glen Hollander)
Rio Alexander (Campos)
Johnny Whitworth (Tommy Darden)
Shawn Howell (Jackson)
Pat Ricotti (Jorgensen)
Benjamin Petry (Mark Evans)
Forrest Fyre (Walter Boles)
Luke Wilson (Zeke)

Elenco de Galante e Sanguinário:

Glenn Ford, Van Heflin, Felicia Farr, Leora Dana, Henry Jones (1), Richard Jaeckel, Robert Emhardt, Sheridan Comerate, George Mitchell, Robert Ellenstein, Ford Rainey, Dorothy Adams, Woody Chambliss, Barry Curtis (1), Richard Devon

Direção: James Mangold ( Os Indomáveis, 2007 ), Delmer Daves ( Galante e Sanguinário, 1957 )

postado por: João Paulo

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

The Black Keys




Com sede de (sangue MUAHAHA) escrever e ansiando para perder a virgindade, de postar, obviamente, trago a vocês alguma coisa nova em meio a tanta velharia. Não, não estou desmerecendo nem um pouco o que foi postado por meus amigos da base governista, principalmente porque conheço quase nada do que foi indicado por eles.
Tá OK, mas essa “alguma coisa” é boa?
Black Keys nasceu em Akron, Ohio e confesso a vocês que essa nem eu conhecia. Dan Auerbach e Patrick Carney tocam, respectivamente, “Guitar and lots of other instruments” e “Drums and lots of other instruments” como escrito em seu último CD, Attack & Release, de 2008, tendo sido gravado (para os que são curiosos) em NY e feito com encarte reciclável.
Se bem observado, aliás, é possível notar que a qualidade começa já com esse último. Logo na capa vê-se que Jesus+Lobão=Black Keys. Simples equação, assim mesmo. O interessante, contudo, é que há certos efeitos em guache que dão um tom leve ao CD, o que me fez pensar, antes de ouvi-lo pela primeira vez, “O que será que eles tocam?”. Chega-se então a resposta contrária e ao mesmo tempo equivalente à leveza do encarte: É Blues Rock puro, mas minimalista, sem firulas e ao mesmo tempo pende ao pop rock com pegada leve e entristecida. Parece Led? Foi a minha primeira impressão. Porém, como não gosto muito da trupe de Plant, eu prefiro (essa vai doer no Caio e no Curito ) a banda de Ohio. Eles fazem parecido, mas é, na verdade, o Led Zeppelin que eu gostaria de ouvir, com o mesmo feeling e menos enrolação. Mas, bah!, ouçam vocês mesmos e digam se gostam!
Enfim, como não sei dar upload do álbum, coisa que pretendo fazer posteriormente com algum álbum deles, espero que vocês gostem da seleção de vídeos, do “Youtubiu”, claro, que eu selecionei. Se alguém que gostou tiver a chance, imploro: Compre um CD deles! Os CDs deles são difíceis de se achar. A não ser que você peça de aniversário, porque desembolsar 80 reais em 12 faixas é osso! Só lembrando que eu paguei U$17,00, em torno de R$28,00, preço que seria mais justo se a maioria do dinheiro fosse ao artista, que é quem realmente merece nossa atenção.
E, sim, o baterista é fodão!
http://www.youtube.com/watch?v=q9AfKcHwoP4
(Ao Vivo no David Letterman – do álbum Attack & Release)
http://www.youtube.com/watch?v=N8EVNdbbYoA&feature=related
(Versão Original – Attack & Release)
http://www.youtube.com/watch?v=6gmqO88h-Fw
(Versão Original – Attack & Release)
http://www.youtube.com/watch?v=dKXlgISd3iA
(Videoclipe – Single do álbum Magic Potion, de 2006)

Postado por : Guilherme