quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Ten Years After! (2)- A Space In Time






Cumprindo a promessa anterior, volto com mais posts do Ten Years After!!
A Space In Time, é sem dúvida nenhuma, um dos melhores discos da história da música, e o sétimo álbum do Ten Years After, lançado 4 anos após o primeiro disco (!), Ten Years After, de 1967. Ou seja, se você for péssimo em matemática, o disco é de 1971. O disco mantém o ritmo habitual dessa banda, misturando muito som psicodélico com blues, rock'n roll e jazz, produzido numa época de ouro, quando os sonhos de liberdade brilhavam e criaram produndas esperanças nos corações jovens daquela época, vestígos de uma primavera que nunca devia ter terminado.

Mas o e o disco? Bom voltando ao álbum. Nota-se profundamente a textura psicodélica e viajada predominando em todas as músicas , com mudanças de ritmos e andamentos e também com experimentalismos nos fundos musicais e nos vocais de Alvin Lee, que demonstra ser um Monstro do instrumento nesse álbum. A blnda inteira, aliás, passava por um período de inspiração magnífica, o que notadamente permite a criação dessa belezura. " One of these days" abre o álbum com grande estilo. A música começa lenta, com efeitos na voz de Alvin, mas que aos poucos vai aumentando o andamento, até estourar com solos de harmônica e guitarra. " Here They Come" mostra toda a psicodelia da banda, começando com sons plasmáticos e futuristas, mais parecendo o início de Contatos imediatos de terceio grau ou algum filme alienígina do tipo ( sou fã desses filmes). Aliás, é sobre isso mesmo que a letra fala: seres de outros planetas ou de outras dimensões cósmicas, não explicitados se aliens ou anjos, veêm para transformar o mundo. A música tem incríveis três variações de temas e andamentos, todos perfeitamentes ligados, com direito a solos de assobio. " i'd love the change the world" é sem sombras de dúvidas, o maior hit do Ten Years After, sendo que é uma música extremamente famosa cujo nome parece ter passado o do próprio Ten Years. Uma tristeza, porque é não é uma das melhores músicas da banda, embora a letra seja linda, transmitindo mensagens de paz.


" Over The Hill" quebra a melancolia do hit anterior, sendo que é uma bela música acústica com arranjos orquestrais que transmitem muita alegria. " Baby Won't Let Me Rock'n roll You" apresenta uma face mais rock'n roll, mas que abre com uns sons chatinhos e desnecessãrios, mas é uma música que com certeza faria lindo em qualquer álbum do Led. " Once there Was a Time" é uma música com incrível temática Faroeste, mas que fala da paixão ao rock'n roll: "teve uma vez que eu passava fome, mas não vendi minha guitarra, porque se eu não a tivesse, agora estaria tocando em uma harpa de algum anjo" Ou seja: se não tivesse rock'n roll, morreria.


" Let the sky Fall" é uma música que lembra a intro de 'Good Morning Little School Girl', mas que tem outra temática, inclusive com variações de temas e ritmos e um solo ponta firme de Alvin. " Hard Monkeys" é um som bem legal também, com Alvin explorando novas sonoridades na guitarra.


" i Ve been There Too" tem uma introdução acústica como a maioria das músicas do Álbum, mas logo mostra-se ser uma antecendente dos sons que o Black Crowes buscava fazer: melodias alto astral e sons de viagem: música para botar no carro e partir, vendo atrás o asfalto e apenas o Sol brilhante na relva verde...Essa música é na minha opinião a melhor do álbum. Aliás, a música fala exatamente sobre isso: ser alto astral e viajar também. Outra vez a banda consegue causar a percepção que queriam através do som, sem necessitar entender a letra. E isso não é pouco mérito.


"uncle jam" é uma música jazz instrumental na forma de jam session como o próprio título sopõe. A impressão final do disco é que ele deixa a quem ouve estupidamente bem: é como se lavasse a alma, elevando os espíritos a outro cosmo.




Um discasso imperdível!!!!!!!!!

PS: Ainda falta o UNDEAD, LIVE IN EUROPE e BBC SESSIONS. Até breve!
Postado por Ricardo






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