quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os Mutantes - Jardim Elétrico (1971)

Já era hora de um novo post. Não só isso, um post dos Mutantes também. Na verdade, não sou um perito na banda, mas sempre apreciei muito o trabalho deste grupo de São Paulo, formado pelos dois irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, além de Rita Lee. Um dos motivos pelos quais a banda parece ser única se deve talvez ao fato dela seguir um rumo paralelo às demais bandas nacionais de então. Não que o Mutantes faça algo de inovador. Longe disso, parecia querer seguir as grandes influências da época: Beatles, Rolling Stones, a psicodelia das bandas de São Francisco, ou seja, tudo aquilo que havia se consolidado na Contracultura Norte-Americana, enquanto as demais bandas brasileiras pareciam simpatizar mais com os Tropicalistas. Apesar de participarem ativamente do movimento Tropicalista, para mim, Os Mutantes tinham uma sonoridade bem diferente.

Talvez justamente por caminhar lado a lado com o rock internacional "Os Mutantes" seja mais conhecido lá fora do que aqui no Brasil. Isso acaba tornando, não impossível, mas um pouco difícil achar os discos da banda pelo país. Aqui muito da fama do grupo se deve à posterior repercussão da carreira solo de Rita Lee.

Tá certo que nosso paisínho não é nenhum paraíso para se adquirir CDs, até pelo fato de não deixarem de sobretaxar nem a cultura, mas chega a ser o cúmulo se tratando de um grupo nacional. Revoltas à parte, quando me deparei com o primeiro disco da banda (Os Mutantes - 1968) pairando nas estantes de alguma livraria, não pude deixar de adquirí-lo. Naquele momento, acreditava ter posto as mãos na maior pérola do grupo. Não à toa, já que o disco conta com algumas das composições mais famosas da banda, tais como "Panis et Circenses" e "Minha Menina"

Bem, isso já faz algum tempo, mas um dia desses, meu irmão me disse que conheceu um disco da banda que era muito superior ao primeiro. Fui meio cético quanto a isso, mas esses dias decidi provar o "Jardim Elétrico"... e agora simplesmente não consigo parar! O disco não dá brechas para se respirar, é simplesmente uma música deliciosa atrás da outra. Infelizmente, a duração do disco é curta, ou talvez até felizmente, assim se fica só cerca de meia hora sem respirar.

Compartilho, portanto, meu entusiasmo recente deste disco com vocês.

1 - Top Top (2:28)
2- Benvinda (2:48)
3- Tecnicolor (3:44)
4- El Justiciero (3:53)
5- It's Very Nice Pra Xuxu (4:49)
6- Portugal de Navio (2:44)
7- Virgínia (3:27)
8- Jardim Elétrico (3:14)
9- Lady, Lady (3:33)
10-Saravá (4:25)
11-Baby (3:37)

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postado por Caio